Letras - Diferenças entre os acadêmicos quanto ao ensino da linguagem
Por: Maicon Rodrigo • 25/11/2016 • Artigo • 411 Palavras (2 Páginas) • 352 Visualizações
Universidade de Franca, Campus Aparecida-SP
Discente: Maicon Rodrigo dos Santos EAD – Letras Português/ Espanhol - 2016
Após as leituras, é notória a diferença das opiniões dos entrevistados. De acordo com o professor Possent, o estudo da linguagem é muito mais que a normatização da língua, mas sim estudos científicos que devem ser debatidos em classe.
“Houve críticos duros (e burros) do livro, mas alguns diziam que problemas como o que esteve em foco merecem ser estudados na universidade, mas não na escola. Talvez isso tenha feito a palavra “linguística” circular um pouco mais.” “Gostaria que chegasse logo o tempo no qual se encarasse a língua como se encaram outros fenômenos culturais, sociais, históricos, isto é, que pelo menos que se distingam os fatos de sua avaliação. Para ser mais claro: que se reconheçam os fatos, sejam fonológicos, sintáticos ou semânticos.“ (Possent, 2014).
Já o gramático Evanildo Bechara expressa a importância do estudo da linguagem culta como padrão: “Só que é preciso que se reconheça que a língua culta reúne infinitamente mais qualidades e valores. Ela é a única que consegue produzir e traduzir os pensamentos que circulam no mundo da filosofia, da literatura, das artes e das ciências.” (Bechara, 2011).
Quando se fala da linguagem Popular, os entrevistados possuem opiniões divergentes. De acordo com Possent, há muito tempo se tem estudos voltados a linguagem casual, com isso a proposta de tirar os conceitos e preconceitos desse estudo e traze-los para sala de aula deve ser válida. De acordo com Bechara, o estudo das linguagens deve ser tratado apenas aos acadêmicos.
A Linguagem Culta da língua deve sim ser ensinada em sala de aula e encarada como uma expressão libertadora. Todo estudante precisa entender que dominando a própria língua as expressões sociais, artísticas e culturais do povo são preservadas. O estudo também pode ser encarado como uma ferramenta para o futuro do estudante.
Também é importante salientar que o estudo da linguagem popular é significativo não apenas para debates acadêmicos, mas sim para estudos em sala. Quando se entende a linguagem como um todo, se compreende sua utilização desde sua origem, até a atualidade.
Fontes bibliográficas:
POSSENTI, Sírio. Entrevista com o professor Sírio Possenti, da Unicamp: por
Flavia Regina Mello e Luiz Felipe Andrade. Palimpsesto, Rio de Janeiro, n. 19,
out - nov. 2014, pp. 390-398. Disponível em:
http://www.pgletras.uerj.br/palimpsesto/num19/entrevista/palimpsesto19entrevista01.pdf.
Acesso em: 17 de agosto de 2016. ISSN: 1809-3507
Bechara, Evanildo. Trecho da entrevista com o gramático Evanildo Bechara para Roberta de Abreu Lima: por Reinaldo Azevedo. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/ontem-desanquei-um-academico-hoje-aplaudo-um-outro/
Acesso em: 17 de agosto de 2016.
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