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Letras: Sociolinguística

Por:   •  3/7/2015  •  Resenha  •  523 Palavras (3 Páginas)  •  737 Visualizações

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RESENHA

                                                                                            RIBEIRO, Camila Delmondes

BEZERRA, Benedito Gomes. Letras: Sociolinguística/ Benedito Gomes Bezerra. Recife: UPE/NEAD, 2011.

O autor Benedito Gomes Bezerra, em seu estudo chamado “Letras Sociolinguística” aborda diversas questões decorrentes da relação entre língua e sociedade, de maneira não só teórica trás á tona possíveis entendimentos do que é variação e qual a sua importância, o que é preconceito linguístico e como evitá-lo e combatê-lo.

No cap. I, o autor apresenta os principais conceitos utilizados em sociolinguística, ponderando que a mesma é uma matéria de fundamental importância para a formação do professor de língua portuguesa, pelos intensos efeitos que trazem para o ensino. Informações sobre: as origens da sociolinguística, o fundador da sociolinguística como disciplina contemporânea, William Labov, assim como, os conceitos dos termos: vernáculo, variação, variante, variável e variedade linguística foram discutidas neste capítulo.

No cap. II, o autor trás à tona os diversos tipos de variação linguística definindo e exemplificando, a variação diacrônica, a diatópica, a diastrática, a diamésica e a diafásica como os tipos existentes de variação linguística, ainda neste capítulo o autor ressalta a importância de reconhecer e avaliar adequadamente a variação, evidenciando que esse é um caminho seguro para o combate ao preconceito linguístico, e que isso deveria ser uma responsabilidade de todos os brasileiros, assim como todos concordam em combater as demais formas do problema.

No cap. III, foi discutido e esclarecido o conceito de norma, visto que, o termo é muitas vezes utilizado de maneira errada pelas pessoas. Sendo que para o autor, norma é o conjunto de usos regulares típicos de um dado grupo social, ou seja, não se refere ao que é possível dizer numa língua, e sim ao que efetivamente se diz num determinado grupo ou comunidades de falantes.  As peculiaridades do termo norma culta foram tratadas e a norma padrão foi abordada como variedade idealizada que não satisfaz aos usos de nenhum grupo e que é atribuída como regra para todos os falantes da língua.

Já no cap. IV, o autor aborda as implicações do estudo da variação para o ensino, refletindo a respeito de como seria uma pedagogia da variação linguística e que limitações essa pedagogia enfrenta na atualidade. Bezerra (2011) deixa claro que é possível notar que através das pesquisas linguísticas, as diretrizes oficiais de ensino passaram a incorporar o conhecimento de que a língua é heterogênea e variável, dando o direito ao aluno de conservar a variedade linguística de sua prática como também aprender a variedade culta, porém o autor ressalta que o tratamento do tema ainda é restrito e estereotipado em alguns livros didáticos.

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