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Literatura em Letras

Por:   •  5/5/2024  •  Trabalho acadêmico  •  905 Palavras (4 Páginas)  •  65 Visualizações

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1. Elegia Romana

A elegia erótica romana foi um gênero de poesia, também influenciada fortemente pela cultura helenística, escrita em dísticos elegíacos cujos assuntos são, principalmente a matéria amorosa. Na verdade, a matéria principal é a dor causada pelo amor, o queixume amoroso. Como bem define Hansen1:

“É o “eu” não-substancial de um tipo poético que imita discursos gregos e alexandrinos enquanto recompõe, em cada poema, a dicção que especifica a adequação de seu estilo aos lugares-comuns que o gênero prescreve para inventar e ornar a voz de seu éthos, caráter, movido por páthe, afetos. ”

        Embora Galo foi o primeiro poeta que escreveu o gênero elegíaco romano. Dentre principais elegíacos considerados por Quintiliano e Ovídio é o poeta único cuja perdeu-se completamente. De acordo com Wray2, Galo, Tibulo, Propércio e Ovídio faze parte deste cânone de poetas, selecionados por Quintiliano e Ovídio, ele afirma também que Catulo não foi mencionado como um poeta elegíaco.

        Neste “ensaio”, pretendemos comparar com o que sobreviveu da obra de dois poetas elegíacos romanos: Tibulo e Propércio.

        

        

  • E Calímaco?
  • Epicuro mencionado na introdução da beatriz.

2. Tibulo

Álbio Tibulo foi um poeta lírico latino, escritor de elegias, cuja obra restante é formada por dois livros, o primeiro livro, contem 10  poemas e é dedicado a Délia, uma mulher casada e o segundo livro é dedicado à Nêmesis (Deusa da vingança?) e contém apenas 6 elegias.

Pode-se notar que, na obra de Tibulo, os temas são a guerra, o trabalho e o amor são inseridos de forma polêmica. Enquanto ele recusa os dois primeiros, ou seja, matérias associadas ao “negotium”, ele afirma amor, mais especificamente, gênero elegíaco, ou seja, a matéria ligado ao “otium”. Este trinômio, a guerra, a agronomia (trabalho) e o amor são associados à gêneros poéticos, o amor é ligado às elegias, conforme já explicitado, o trabalho está associado ao gênero didático e a guerra está, por fim, ligada ao gênero épico. Desta maneira pode-se constatar que, na verdade, a polêmica levantada, através da metalinguagem, é relativa à poesia. É importante observar que o nome musa inspiradora de Tibulo, Délia, na verdade é um adjetivo aplicado à Apolo, Deus da Poesia, ou seja, este fato reforça a possibilidade de interpretação na qual o autor está tratando de poesia.

Dentro gênero elegíaco, enquanto ele recusa os gêneros épico e didático, pois, ao recusá-los, ele também os emula metaforicamente. Por exemplo, conforme é ilustrado na elegia I.4, onde ocorre a apropriação do gênero didático, pois nesta elegia, Priapo, filho de Vênus e Baco, está ensinando/aconselhando Tibulo com relação ao amor, ou seja, ocorre aqui uma mistura de matérias. Já na elegia II.4, ocorre a apropriação dum vocabulário bélico.

Quanto ao principal assunto, o amor, Tibulo trata, especificamente, do amor malsucedido, da dor relativa ao amor ‘fracassado” e suas lamentações amorosas, o mesmo se utiliza de palavras, em latim, adequadas à este gênero, como “dolores”, “infelix” e “querelis”, que ocorrem nas elegias I.2(especificar versos?), I.5

  • Citar a preferencia de Quintiliano a Tibulo.
  • Outras referencias em outras elegias de tibulo.

3. Propércio

Sexto Propércio foi um poeta elegíaco contemporâneo a Tibulo, cuja obra restante é formada por.... (terminar)

Da mesma maneira que Tibulo, Propércio, em sua obra, recusa a questão da coisa pública (respublica) e afirma a vida com foco na pessoa amada (puella)

Musa de Propércio: Cíntia, epíteto também relacionado ao Deus Apolo, que reforça a característica metalinguística das elegias romanas, pois eles, tanto de Tibulo quanto de Propércio, estão falando acerca do gênero poético.

Da mesma maneira que Tibulo (I.4. verso 40), Propércio também cita provavelmente um tema iniciado por Gallus, o criador da elegia romana, falando acerca do “uincet amor”, o amor que vence muitas coisas. Posteriormente, tema também abordado por Virgílio, na Écloga X das bucólicas.

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