Modernismo - A Fase Heróica
Por: Barbara Bergantin Oliveira • 1/5/2015 • Trabalho acadêmico • 764 Palavras (4 Páginas) • 328 Visualizações
A Fase Heroica - Modernismo
O Modernismo foi um movimento literário que se iniciou em 1922 e se dividiu. A primeira fase desde movimento é a fase heroica, onde o foco das obras eram quebrar as regras parnasianas e partir de um ponto de origem nacional, onde a obra se passa através dos sentimentos e sofrimentos nacionais.
Neste período, vários artistas escreveram em suas obras o que acreditavam ser um movimento, uma carta explicativa para os motivos se suas novas obras. Essa característica de se auto afirmar é parte integrante das obras desta fase.
Mário de Andrade, em Prefácio Interessantíssimo, onde funda o Desvairismo, mostra que a beleza da arte é algo mutável de acordo com o movimento em alta, já a beleza da natureza é eterna e imutável, como o trecho a seguir mostra claramente:
“Belo da arte: arbitrário, convencional, transitório – questão da moda.
Belo da natureza: imutável, objetivo, natural – tem a eternidade que a natureza tiver (...)”
Percebe-se que Mário de Andrade faz a carnavalização das ideias, ou seja, a valorização do inusitado, Como no trecho a seguir:
“Arte, que, somada a Lirismo, dá poesia, não consiste em prejudicar a doida carreira do estado lírico para avisá-lo das pedras e cercas de arame do caminho. Deixe que tropece, caia, se fira.”
Todos sabemos que a cena que ocorre não existe, que esta queda e ferimento não existe, apenas existe de forma alegórica, característica da carnavalização.
É possível ver, também, que em outras obras o Carnavasilmo aparece de forma mais avançada e até mesmo mais aparente, como ocorre em Manifesto Atropófago, de Oswald de Andrade. No trecho a seguir veremos a carnavalização desta obra:
Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império. Fingindo de Pitt. Ou figurando nas óperas de Alencar cheio de bons sentimentos portugueses.
Na obra de Oswald, podemos ver que o manifesto é realmente uma reclamação, uma quebra de conceitos, uma negação ao passado, ao empréstimo artístico, histórico e cultural que o Brasil presenciou até o momento.
O manifesto Antropofágico tem a ciência de que é necessário valorizar a arte e a história brasileira, o homem brasileiro, deixando de lado até mesmo a religião por não nos pertencer inicialmente, por este motivo o herói moderno é o índio e toda a sua cultura, também citado no trecho acima e salientado nos trechos a seguir:
“Contra o Padre Vieira. Autor do nosso primeiro empréstimo, para ganhar comissão. O rei-analfabeto dissera-lhe: ponha isso no papel mas sem muita lábia. Fez-se o empréstimo. Gravou-se o açúcar brasileiro. Vieira deixou o dinheiro em Portugal e nos trouxe a lábia.”
“É preciso partir de um profundo ateísmo para se chegar à idéia de Deus. Mas a caraíba não precisava. Porque tinha Guaraci.”
Ao longo do primeiro momento modernista, podemos ver algumas correntes carregarem algumas características em consideração, como o Manifesto Pau Brasil, de Oswald de Andrade, que busca a consciência nacional de forma natural, que a arte carregasse uma linguagem simples e com várias reflexões a respeito
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