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NARRATIVAS E ESTUDOS AUTOBIOGRÁFICOS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Por:   •  3/7/2018  •  Projeto de pesquisa  •  4.165 Palavras (17 Páginas)  •  194 Visualizações

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Leucineia Nonata dos Santos

                                                                                Maria do Rosário de Aquino

TÍTULO......................

RESUMO

O presente artigo vislumbra apresentar uma auto reflexão das memorias da trajetória profissional e acadêmica das professoras Leucineia Nonata dos Santos e Maria do Rosário de Aquino, com o intuito de fomentar uma analise reflexiva e crítica sobre a carreira do magistério suas alegrias e desafios, na sociedade contemporânea, bem como as principais transformações no campo educacional. Enfatizando a contribuição do  Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica-PARFOR,para consolidação da melhoria da qualidade da educação oferecida pelos professores.

Palavras-chave: Educação, Formação, Parfor, docência.  

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como finalidade realizar através de relatos experiências o registro de dados críticos e relevantes que marcaram nossa trajetória das experiências vivenciadas no decorrer da nossa prática pedagógica, como também da nossa formação acadêmica o qual é um dos requisitos para obtenção do curso de pedagogia pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica-PARFOR por meio da Universidade Federal do Acre, no município de Sena Madureira.

Após essa seleção discutiremos e avaliaremos em dupla quais os fatos mais relevantes e desenvolvidos com base na descoberta de conhecimentos adquiridos a partir de bases textuais, considerando a avaliação dos resultados obtidos, e por meio deles sua contribuição acerca da prática educacional e formação acadêmica, favorecendo a nossa construção da identidade docente.

Produzirmos pesquisa bibliográfica do material utilizado no decorrer da nossa formação acadêmica, fazendo revisão selecionando nos embasamentos teóricos ressaltando as influências na prática educacional, considerando que a conclusão da pesquisa autobiográfica, poderá trazer à tona os resultados no campo educacional com temporâneo, proporcionando sólidos conhecimentos teóricos e práticos para atuarmos no campo formativo docente e discente.

CAPÍTULO I: NARRATIVAS E ESTUDOS AUTOBIOGRÁFICOS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES (HISTÓRIAS DE VIDA) EIXO 01

Refletir sobre os caminhos que nos levaram a docência, fez aflorar as inúmeras lembranças, recordações dos bons e maus momentos, que estiveram de alguma forma, ligados a nossa prática educativa. Relembramos durante a construção do estudo dos vários períodos que marcaram nossas trajetórias formativas, dentre essas, a fala quase sempre mansa, algumas vezes brava de nossas professoras.

O desejo de nos tornar professoras surgiu de forma bem tímida, porém, pulsante, pois desde cedo nossos familiares nos incentivaram a fazer o curso de magistério, ainda no ensino médio, visto que, em nosso município se apresentava como uma alternativa profissional relevante.

Professor 1: “As lembranças das séries iniciais do ensino fundamental, são bem vagas, ingressei na primeira série em uma escola pública próxima a minha casa, minha mãe me levava todos os dias a escola, lembro-me de algumas professoras que eram sempre muito carinhosas, não tive dificuldades de aprendizagem nas séries iniciais, sempre respeitei minhas professoras acredito, que o bom relacionamento com minhas professoras é a partir do quinto ano também professores até a quarta série só tinha estudado com professoras, isso de certa forma me fazia pensar que mulher deveria ser professora, como se fosse algo característico do sexo feminino seguir a docência.

Sobre essa questão da visão da mulher que “obrigatoriamente” nasceu pra servir, ser uma boa mãe e esposa, essas características afáveis e de submissão remontam a história da mulher num contexto mundial que por um muito tempo viveu a margem da sociedade, com a revolução industrial, o advento das lutas da mulher por igualdade, o universo do trabalho até então, tão masculinizado passou a ceder espaço para que as mulheres finalmente ingressassem no mercado de trabalho, logo foi remetida a elas  profissões de cunho familiar e fazeres domésticos como costureiras, cozinheiras, lavandeiras para as mulheres mais pobres, onde as de famílias de classe média e que contavam com um certa escolarização tornavam-se professoras.

 Esse processo de se feminilização da docência passou a acontecer no final do século XIX, quando a prática do  magistério começava as ser direcionada as mulheres, conforme se nota  na  fala do presidente da província de Minas Gerais, em 1871:

......Faz-se necessário que as mulheres adquiram o hábito do trabalho para
ganharem com ele honestamente a vida e se habituarem para o
cumprimento de seus deveres de filhas, esposas e mães... basta
refletir na transformação social que se aproxima, para sentir que
não se pode guardar por muito tempo esta medida. (Moacyr, op.
cit. p.174).

Dessa maneira é possível fazer a ilação dos fatos que de certo modo a figura da mulher passou a ser mais presente nas escolas, tendo como base esses dados históricos, pois foi à porta de entrada para serviço público, como herança cultural as mulheres passaram a ser maioria no magistério. Isso justifica o fato de nas séries iniciais ter tido apenas mulheres como professoras.

 Professor 2 : Lembrar-me das séries iniciais do ensino fundamental me remeti um período de muitas  inquietações e descobertas, os melhores momentos de minha infância e adolescência aconteceram na escola, onde tinha um bom relacionamento com as professores, nesse sentido nossas memorias se encontram, pois também estudei com professoras, que eram um símbolo de mulher forte, dedicada ao trabalho e muito amorosa, sempre ouvia   seus conselhos  com atenção e respeito, acredito que esse bom relacionamento também foi importante nessa tomada de decisão em ser professora.

Assim como propõe Nóvoa (2002) “O professor é uma pessoa. E uma parte importante da pessoa é o professor”. Dessa maneira as figuras dos nossos professores foram determinantes nessa tomada de decisão sobre nosso futuro profissional.

Outra questão pertinente quando falamos no ingresso no magistério como fator motivacional até de certa forma também destacamos as questões sociais é posição da mulher na mulher no mercado de trabalho.

Sobre a didática delas, acho que era o indicado para aquele momento em que a sociedade vivia, com métodos de ensino muito tradicional, o livro era único material didático disponível mesmo assim para os alunos eram disponibilizados poucos. O processo educacional, bem assim como métodos de ensino tendem a serem definidos pelo contexto social ao qual estão inseridos.  

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