Natureza da relação das ideias modernistas com as vanguardas europeias do início do século XX.

O Movimento Modernista surge no Brasil realizando cinesia entre internacionalismo e nacionalismo, trazendo para o Brasil, as estéticas que floresciam na Europa ao início do século XX. Em busca de renovar o pensamento artístico do país, os Modernistas de 22 adotaram, ao mesmo passo que negavam, características marcantes destas vanguardas, tal como o “desejo compulsivo de negação e da negação do passado” (ARAÚJO, 2011, p. 87), que foi realizado no Brasil, de modo a negar estéticas que eram entendidas como ultrapassadas, mas também, descobrindo e redescobrindo obras nas mais diversas esferas da arte; arquitetura, música e escultura. Essa retomada, justificasse como tentativa de, aí sim, ter meios de justificar os projetos que estariam por vir, crendo que era preciso entender o que houvera, para que pudessem fazer o novo, “uma modernidade nascida a partir da continuidade, não da ruptura” (ARAÚJO, 2011, p. 100). Dessa maneira, vemos que a apropriação feita das vanguardas oriundas da Europa, foi realizada no Brasil, de maneira que fossem mantidas particularidades de cada grupo.

O movimento Modernista brasileiro dividiu-se em grupos que, mesmo bebendo das mesmas vanguardas, detinham de características particulares a cada um. Com foco ao passado e com o objetivo de renovar a estética, o grupo primitivista, organizadores da Semana de Arte Moderna, buscava no passado o elemento capaz de estabelecer a identidade nacional, enquanto o espiritualista buscava na literatura por meios espirituais, na literatura e na crítica ao estilo de vida moderno, encontrar a forma de compreender e questionar o espírito humano e sobre o seu destino.