No Romance “Os Maias” de Eça de Queirós
Por: Maria Ferreira • 23/11/2020 • Resenha • 483 Palavras (2 Páginas) • 122 Visualizações
No romance “Os Maias” de Eça de Queirós existe um confronto entre dois tipos de educação: a portuguesa e a inglesa.
A educação à portuguesa é tradicionalista e conservadora, sendo orientada pelos valores da fé católica, baseado no estudo teórico e livresco e na aprendizagem do latim. Contudo, este modelo de educação produz indivíduos de caráter fraco, de condição débil e sem uma orientação prática para a vida, como por exemplo, na referência a Pedro da Maia que tem capacidade para encarar as suas desventuras e Eusebiozinho que apresenta uma grande fragilidade e uma vida imoral e de corrupção.
Por outro lado, a educação à inglesa é apologista do exercício físico, do contacto com a natureza e do gosto pelas línguas vivas. Este modelo de educação é representado por Carlos da Maia, pois é graças a ela, que este ganha valores e conhecimento que o encaminham para a Medicina. No entanto, Carlos falha na vida devido á sociedade que o rodeia.
Em conclusão, as educações que são apresentadas na obra “Os Maias” demonstram uma grande influência na vida de uma pessoa.
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A obra “Os Maias” além do seu título, possui também um subtítulo denominado: “Episódios da vida romântica”.
O título reporta-nos para a história da família Maia que é contada ao longo de três gerações. Na primeira geração, Afonso da Maia surge como representante dos valores e é contra o absolutismo. Pedro da Maia faz parte da segunda geração, que retrata a fase do liberalismo e a mentalidade romântica. Por fim, Carlos da Maia representa a terceira geração, onde aparece como um contemporâneo da Regeneração. O título também remete para a intriga principal da obra que relata a relação incestuosa de Carlos da Maia e Maria Eduarda.
O subtítulo refere-se à crónica de costumes, que representa a sociedade portuguesa da segunda metade do século XIX, apresentando vários episódios de caráter social e de personagens emblemáticas e de ambientes e eventos específicos. Um exemplo dessa crónica é o episódio dos jornais, onde se critica os jornalistas por se deixarem corromper, movidos por interesses económicos.
Por fim, podemos concluir que o título se refere à história da família Maia e o subtítulo refere-se à crónica de costumes.
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“Os Maias” apresenta-nos a representação de espaços sociais, ou seja, de espaços interiores e exteriores onde exibem as personagens e onde podemos criticar a sociedade portuguesa, incidindo em costumes e comportamentos incorretos, remetendo estas para a crítica de costumes.
A ação principal passa-se em Lisboa, na segunda metade do século XIX, na qual são apresentadas três gerações da família Maia: Afonso, Pedro e Carlos. Partes da história são também narradas em Coimbra, Sintra e na quinta de família no Douro.
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