O CANGAÇO E O ESTADO DE ANOMIA: O Cordel Como Aporte

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

APLICADAS DO ARAGUAIA – FACISA

ÉRIKA BILÉGO ARAÚJO

O CANGAÇO E O ESTADO DE ANOMIA:

O Cordel como aporte

Barra do Garças – MT

Maio, 2014. 

ÉRIKA BILÉGO ARAÚJO

O CANGAÇO E O ESTADO DE ANOMIA:

O Cordel como aporte

Artigo científico elaborado sob orientação do Prof. Dr. José Nogueira de Moraes, para obtenção do grau de bacharel em Direito, da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas do Araguaia – FACISA.

Barra do Garças - MT

Março, 2014. 

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

APLICADAS DO ARAGUAIA – FACISA

A banca avaliadora, abaixo assinada,__________________________,

com a nota ______, o Artigo:

O CANGAÇO E O ESTADO DE ANOMIA:

O Cordel como aporte

Elaborado por

Érika Bilégo Araújo

Como requisito parcial para obtenção do grau

de Bacharel em Direito

BANCA AVALIADORA:

________________________________________

(Assinatura por extenso do Orientador)

________________________________________

(Assinatura por extenso do Membro Convidado)

Barra do Garças - MT

Maio, 2014. 

A vida é uma sucessão de acontecimentos que nos conduzem à reflexão. Tais eventos podem ser positivos ou negativos, mas, independente de sua natureza, produzem efeitos que nos levam a mudanças necessárias à nossa evolução. As leis e o Direito existem para coibir os erros e promover sua correção, mas o que existe para reprimir o mal e as injustiças, razão de seu surgimento? Seria a consciência o único freio capaz de conduzir o ser humano ao caminho do dever e da retidão? Seria a culpa a única ferramenta, com potencial para promover a reforma interior? E como expressar o sentimento, de forma que sirva como elemento motivador à mudança de nossos semelhantes? Somente uma forma apresenta-se, limpa, incólume: a Literatura. Som que chega até onde a voz não alcança, luz que vai aonde os olhos não veem, energia que atinge o limiar entre alma e personalidade. Coisa mágica essa tal Literatura...

Érika Bilégo Araújo 

O CANGAÇO E O ESTADO DE ANOMIA:

o Cordel como aporte

Érika Bilégo Araújo*

Prof. Dr. José Nogueira de Moraes**

RESUMO: O artigo apresentado tem o objetivo de demonstrar o estado de anomia que se apresentava no Cangaço, expondo como razão de sua eclosão a insatisfação dos indivíduos com as normas vigentes e sua aplicação ineficaz. Possuindo características de um movimento social, resultante das condições adversas vivenciadas pela sociedade do início do século XX e da corrupção vigente no sistema judiciário, à época de seu surgimento, tem o condão de induzir à reflexão, acerca da necessidade premente de modificação das normas, para atender aos anseios sociais. Realiza, ainda, uma analogia entre a situação do Cangaço com condutas existentes em grupos sociais específicos, presentes na atualidade, como manifestações “modernas” desse movimento. Para ilustrar o tema abordado, utilizou-se a biografia de Lampião, personagem de maior expressão na época do Cangaço, recorrendo à Literatura de Cordel, gênero literário atualmente pouco difundido no país, em razão de sua frequente associação a temas exclusivamente nordestinos, todavia, considerada internacionalmente como expressão da arte e reconhecida em outros países, como patrimônio da herança cultural do Brasil. Demonstra o desencanto manifestado pelos literatos em relação ao Direito no modelo atual e como seria a sociedade ideal, segundo a ótica de eminentes filósofos e sociólogos, mostrando, ao final, de que forma a interdisciplinaridade entre Direito e Literatura pode contribuir, para que haja uma divulgação eficiente e acessível a todas as camadas sociais, tendo em mente reduzir a distância existente entre o mundo jurídico e a sociedade, tornando o Direito mais humanizado.

PALAVRAS-CHAVE: Cordel. Anomia. Cangaço. Direito. Literatura.

 

1 INTRODUÇÃO

Tudo se degenera, se sucede e se repete fatalmente.

Nicolau Maquiavel

O artigo científico ora apresentado pretende demonstrar, por meio