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O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM- OS ALEXANDRINOS

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Por:   •  5/5/2014  •  688 Palavras (3 Páginas)  •  2.551 Visualizações

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O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM- OS ALEXANDRINOS

A linguagem está presente em toda parte, permeando nossos pensamentos e mediando nossas relações com outras pessoas. Seu estudo tem uma longa trajetória à medida que as sociedades foram tornando-se mais complexas e assim surgindo condições favoráveis para o estudo da linguagem. Durante a época helenística, a influencia grega se estendeu pelo mediterrâneo oriental e a língua grega tornou-se comum para todas as regoiões. Os gregos não se interessavam pelas línguas dos povos com os quais mantiveram contato, sua preocupação era estudar a língua sob uma perspectiva estética, filosófica, a natureza da língua e de forma e significado.

O estudo gramatical na Grécia Antiga é caracterizado por três períodos: Período dos filósofos pré-socráticos e dos primeiros retóricos e de Sócrates, Platão e Aristóletes; Período dos Estoicos; Período dos Alexandrinos.

Os estudiosos Alexandrinos consideravam o estudo lingüístico como parte do estudo literário. Eram pragmáticos e empiristas e seu objetivo era educar os povos conquistados na língua e na cultura grega. Assumiram uma postura normativo-purista, ao privilegiarem a língua escrita dos grandes escritores em detrimento dos demais usos da língua. Dividiam-se em duas posturas lingüísticas baseadas nas regularidades e irregularidades da língua: Os analogistas que privilegiaram as regularidades lingüísticas, adotando uma atitude normativa ( preocupação em como a língua deve ser); Os anomalistas que reconhecia de irregularidades e enfatizavam o uso efetivo da língua (preocupação em como a língua é).

Estudos realizados pelos alexandrinos marcam profundamente o período helênico. A identificação das oito classes de palavras (nome, verbo, particípio, artigo, pronome, preposição, advérbio e conjunção) e o reconhecimento de categorias gramaticais relacionadas às classes (caso, gênero, número, tempo).

Merece destaque o estudo do alexandrino Dionísio da Tárcia que serviu como modelo para o estudo de outras línguas, tais como o Latim e que foi o verdadeiro organizador da arte da gramática na antiguidade. Para ele, gramática era o conhecimento prático de uso da língua pelos poetas e escritores de prosa, nesse momento histórico, ela já era uma disciplina independente da lógica e da filosofia e um saber empírico da linguagem dos poetas e dos proseadores. A gramática de Dionisio dava maior ênfase à reflexão paradigmática das palavras gregas, tinha uma finalidade pedagógica: contemplação da literatura grega clássica. Foi referência de estudo no mundo de fala grega até o século XII e foi traduzida para as línguas síriarca e armênia (séc. V) em versões até hoje existentes.

Outro Destaque importante que foi um gramático alexandrino, Apolônio Discolo quem formulou a primeira teoria sintática ao estudar a língua grega. Seus estudos abrangem questões de diacronia, estilística, ortografia, prosódia, dialetos, elementos e partes das orações. Contudo, sua importância na história da gramática ociendental deve-se ao tratamento dado à sintaxe, até então ausente nos trabalhos dos gramáticos alexandrinos. Seus estudos sintáticos revelam a influência dos trabalhos de Dionísio da Tárcia e a influênncia mentalista dos estóicos. Tais estudos compreendiam diferentes níveis da língua ( fonemas,

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