O Desenvolvimento Infantil E As Teorias De Aquisição Da Linguagem

“ O DESENVOLVIMENTO INFANTIL E AS TEORIAS DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM"

O texto de Maria Vilani Soares discorre sobre as diversas correntes teóricas e os estudos sobre a aquisição da linguagem, bem como as diversas concepções do sujeito e da linguagem.

É por meio da psicolingüística que os teóricos abordam a questão do comportamento e da linguagem do sujeito e esta disciplina vem cada vez mais contribuir com estes estudos.

Observa-se no texto as principais correntes teóricas: Behaviorista com Skinner, seguidor de Watson- a qual apresenta a linguagem como um comportamento verbal; Inatista com Chomsky- a capacidade inata de aquisição da linguagem em si mesma, particular e individual por meio de escolhas aleatórias; Interacionista com Piaget – a linguagem como conseqüência do desenvolvimento cognitivo que permite contribuições do meio lingüístico e social; enfim, constata-se que todas correntes impulsionaram e ainda contribuem para os estudos e as pesquisas sobre a aquisição da linguagem realizadas por outros estudiosos como Brunner, Sinclair, Bater e de Lemos até os dias de hoje.

Segundo a concepção dos Behavioristas a linguagem é o reflexo do comportamento humano e a resposta para os estímulos que o meio produz, sendo assim segue-se um modelo e o reproduz. O adulto é o provedor de estímulos e a criança aprende por meio da imitação e do reforço.

Em contrapartida, esta corrente, não somente, foi criticada como provocou novos estudos. Chomsky, lingüista, discordava de tais idéias e afirmações de Skinner, pois elas partiam de experiências laboratoriais realizadas com animais e não poderiam ser precisas com relação à linguagem humana, além de que a terminologia era muito ampla: estímulo-resposta-reforço, e ainda quando aplicada e observada no homem, analisa que o adulto não é um modelo sempre perfeito. Portanto, ele afirma que “a linguagem é motivada por necessidades internas da própria criança”. Eis então que surge o inatismo.

A corrente teórica Inatista, busca em si mesma dar um aspecto “criativo” e peculiar da linguagem, pois esta é inata ao homem e pré-construída. A criança recebe o input da linguagem adulta, mas ao passo que adquiri o output lingüístico e, adquiri as transformações da maturação do sistema nervoso central, a linguagem desta criança passará prover de novas regras, contextos; mesmo sabendo que já existe um conjunto de princípios universais e parâmetros da língua.

Partindo desse pressuposto, Jean Piaget, aprofundou-se mais sobre a Psicolingüística e aquisição da linguagem. Com isso, o Interacionismo teve seu destaque entre as correntes, uma vez que Piaget pressupõe que os seres humanos passam por uma série de mudanças ordenadas e previsíveis, enfim entende-se o interacionismo como a idéia de construtivismo seqüencial e os fatores ambientais e sociais interferem no desenvolvimento cognitivo e no desenvolvimento, o qual passa a ser construído durante diversos estágios da vida. Assim ocorre também com a linguagem.

Para incendiar mais ainda os estudos, Wallon e Vygotsky expõem suas concepções sobre o sujeito e a linguagem, concordando com Piaget em alguns aspectos, como: “ação do ser humano tem acesso ao mundo físico e social e que é através da atividade social que esse mundo será significado e transformado em conhecimento e linguagem.”

Entretanto,