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O ENSINO DO PORTUGUÊS E O LATIM

Por:   •  3/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.636 Palavras (11 Páginas)  •  181 Visualizações

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SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        3

2        DESENVOLVIMENTO        4

3        CONCLUSÃO        10

REFERÊNCIAS        11



  1. INTRODUÇÃO

No português sempre encontramos palavras que nos remetem as origens de uma língua que pouco se fala, mas muito se usa, o Latim.

O Latim não é usado como língua, mas sua utilidade no nosso português é de longa data, visto que muitas palavras têm sua origem nesta língua.

 Palavras como “Curriculum Vitae, Corpus Christi, aliás”, são expressões comumente utilizadas e têm sua origem do Latim.

Em fábulas, contos e poesias o Latim tem seu espaço, dando margem ao estudo do Português tendo como base a sua origem.

Este estudo tem como propósito analisar essa duplicidade de estudo entre Latim e Português, e como no caso da Professora Ana Paula, verificando e passando aos alunos a importância do Latim para o Português.


  1. DESENVOLVIMENTO

O estudo toma como base o caso da Professora Ana Paula, que questionado por seu aluno sobre as expressões encontradas no dicionário que remetem ao latim, tenta mostrar a este e a todos os alunos a importância do Latim para o estudo do Português.

E para complementar o estudo, será buscado autores, como Bortolanza, que traz o Latim em seus aspectos lexicais, fonéticos, morfológicos e sintáticos, entre tantos outros que darão fundamentação a este estudo.

  1. O CASO

A professora Ana Paula ministra aulas de Português para turmas de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental. Procura sempre a prática de atividades de pesquisa com seus alunos, fazendo com que eles tenham autonomia e adquiriram novos conhecimentos.

Quando questionada sobre o significado de alguma palavra, desconhecida por seus alunos, busca incentivá-los a usar o dicionário, com o objetivo de que os mesmos possam descobrir o significado, o que provoca a procura, a busca da informação e o conhecimento.

E nessa busca surge a dúvida para o estudo. Pedro Henrique, um de seus alunos a questionou sobre por que sempre aparecer a verbete no dicionário ‘do latim’. A partir dessa indagação, a professora se viu frente a novo desafio, como explicar e mostrar aos alunos que o Latim, uma língua bastante antiga, ainda pode estar presente e auxiliar no Ensino do Português?

  1. O LATIM

A origem do Latim, assim como sua representatividade é antiga. De acordo com Martins (2006, p. 1), quanto a sua origem diz que:

O latim, língua dos romanos, do pensamento de Roma e de sua brilhante civilização, pertence à família das línguas indo-européias. O indo-europeu representa uma vasta família de grupos de línguas faladas no oeste da Ásia (Irã, Paquistão, Índia, Ceilão) e na Europa toda (e Américas depois das grandes navegações) com exceção do basco, húngaro e finlandês. Ainda é muito incerto o período em que seria falada essa língua, que segundo os autores, pode ser de entre 5000 a 2000 a.C. O período mais aceito é o 3º milênio a.C.

Mesmo para este autor, a origem da língua latina, o Latim, é incerteza, pois ainda de acordo com o mesmo (2006), não há documentos em indo-europeu, pois esta trata-se de uma língua de reconstituição feita através do método histórico-comparativo do século XIX.

Quanto a sua evolução, Bettio (2017) fala que o Latim pré-histórico veio antes dos registros escritos; o latim proto-histórico nos primeiros documentos da língua; o Latim arcaico não tinha vocabulário extenso, presentes em alguns textos literários; o Latim Clássico é considerado o pai de grandes obras literárias, de língua erudita; o Latim Vulgar é o falado pela maioria; e o Latim pós-clássico é a junção do clássico e do vulgar.

Ainda falando em evolução, Martins (2006, p. 2) considera que:

O latim foi, por um longo período, a língua oficial e representante do poder de Roma. Na tentativa de resolver as ambigüidades que concernem o termo latim, a língua latina foi dividida em períodos, os quais se ligam, de certo modo, à história política de Roma. [...] do século III a.C. ao século II d.C., ou até mesmo ao século V d.C., a língua latina conservou uma aparente fixidez, mas que não correspondia à sua situação lingüística real. A imobilidade aparente da forma visível, escondia uma mudança radical que existia na estrutura interna da língua, resultado da evolução do latim que continuava prosseguindo. Assim que se deu a ruína do Império Romano e de sua civilização, os resultados dessa mudança se manifestaram rapidamente.

O autor fala da representatividade da língua dentro da sua evolução, do poder que representava, mas que devido a sua falta de flexibilidade acabou por cair junto com a ruína do Império Romano.

De acordo com a história, o Latim Arcaico é a mais antiga inscrição latina, 600 a.C. Já o Latim Clássico, 81 a.C. a 14 d.C., tem em seus principais representantes Cícero, César e Salústio, na prosa e no verso com Virgílio, Lucrécio e Catulo. O Latim Culto Falado das classes altas de Roma desapareceu entre os séculos V e VI, com a aniquilação das cidades e a vida cultural das classes altas de Roma (a queda do Império Romano). O Latim Vulgar era a língua da maioria, dos menos favorecidos. Não era considerado, pois distinguia-se em todos os aspectos do Latim Clássico ou Literário. Transformando, em 600 d.C. constituía os primeiros romances, e a partir do século IX, as línguas românicas (MARTINS, 2006).

Para enfatizar tais colocações, Bettio (2017, p. 2) expressa:

O Latim Popular – Vulgar não se apegava a regras gramaticais e era utilizado pelo povo e, principalmente, pelos soldados romanos. Já o Latim Clássico era uma língua erudita e estava presente entre as pessoas letradas. Como o primeiro era falado pela massa, foi ele que se disseminou e se deixava influenciar pela língua dos que o adotavam; até porque as classes inferiores da Sociedade Romana eram bastante numerosas. Enquanto o segundo manteve-se estático, tendo em vista que escritores e outros poucos usufruíam deste, pois fugia do cotidiano da maioria.

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