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O Essencialismo Platônico

Por:   •  5/12/2018  •  Seminário  •  263 Palavras (2 Páginas)  •  993 Visualizações

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         Platão compreende que existem dois mundos: um sensível – reconhecido como o mundo físico que nossos sentidos experimentam – e um inteligível, onde estão as ideias, isto é, as formas puras e imutáveis de conhecimento. Estas formas puras de conhecimento são caracterizadas como as essências, que não são meros produtos de nossa consciência, mas que compreendem uma realidade maior, onde se origina a alma do ser. Pensando nesta definição, o essencialismo platônico se encontra na obra “O Mestre” de Agostinho quando este confronta Adeodato sobre como sabemos os significados dos sinais mas não conseguimos explicá-los sem que usemos termos equivalentes, ou seja, sinais por sinais. No entanto, para Agostinho, não temos acesso aos verdadeiros significados dos sinais no mundo sensível – pois estes estão no mundo inteligível – de modo que qualquer explicação sobre os sinais que venha por meio de seu equivalente apresenta-se insatisfatória e passível de ser contestada.

         Para explicar a grande questão que imerge seu texto – como é possível a comunicação? – Agostinho pede para Adeotado reconhecer as palavras de um verso e explicar seus significados, este então o faz por meio de sinônimos. Contudo, Agostinho quer a coisa mesma que tem em comum nos sinônimos que faz com que consigamos entendê-los de uma mesma forma, isto é, a essência das palavras. Portanto, Agostinho, assim como Platão, acredita que possuímos essências que fazem com que todos tenham acesso ao mesmo conhecimento e que estas essências estão além do mundo sensível, sendo apenas elas capazes de oferecer o verdadeiro conhecimento das coisas.

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