O Fernando Pessoa
Por: joanaaaaa31 • 10/11/2021 • Resenha • 1.703 Palavras (7 Páginas) • 101 Visualizações
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“O poeta é um fingidor.” = o poeta é um criador.
1ª Estrofe – Presença da dor fingida (dor criada) e dor real.
2ª Estrofe –Vemos na segunda estrofe que a capacidade do poeta de expressar certas emoções desperta sentimentos no leitor. Apesar disso, o que o leitor sente não é a dor (ou a emoção) que o poeta sentiu nem a que "fingiu", mas a dor derivada da interpretação da leitura do poema.
As duas dores que são mencionadas são a dor original que o poeta sente e a "dor fingida", que é a dor original que foi transformada pelo poeta.
3ª Estrofe – “E assim” conector conclusivo, dá-nos a ideia de finalidade.
Presença de uma metáfora, em que o coração representa o lugar das emoções/sentimentos. Esta última estrofe remete-nos para a necessidade de aliar o sentir ao pensar.
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Sujeito poético raiva, indignação, ironia, repulsa.[pic 10]
Iª Estrofe – “Dizem (…)” Sujeito nulo indeterminado, ideia de distanciamento.
“Não”- advérbio de negação, o sujeito poético recusasse aceitar a opinião dos outros. Deseja reafirmar a sinceridade da sua arte, acusada de falsidade.
O sujeito poético refere que sente com a imaginação, ou seja, com o seu intelecto, não usando o coração, uma vez que a emoção sentida é intencional, é criada para fins artísticos..
2ª Estrofe – tudo o que .sonha = tudo o que cria, representa a emoção estética, a beleza artística.
O terraço representa um outro patamar, uma outra realidade.
“Essa coisa é que é linda” – O produto da sua intelectualização é o que verdadeiramente interessa na criação poética..
3ª Estrofe - o sujeito poético mostra que escreve livre das restrições materiais que o prendem ao mundo sensível. Escreve interpretando, imaginando. Assim, os sentimentos
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são rejeitados enquanto matéria poética e deixados ao próprio leitor, que pode sentir a partir da fruição estética.
RESUMINDO…
O poema "Isto" apresenta-se como uma espécie de esclarecimento em relação à questão do fingimento poético enunciada em "Autopsicografia" - não há mentira no ato de criação poética; o fingimento poético resulta da intelectualização do "sentir" da racionalização. [pic 13]
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“Ela canta, pobre ceifeira”[pic 18]
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1ª Estrofe – Anteposição do adjetivo “pobre”, não se refere à vida precária da ceifeira, mas ao sentimento de piedade por parte do sujeito poético.
“feliz talvez” – a ceifeira julga-se feliz, o sujeito poético faz uma apreciação subjetiva: atribui à ceifeira a designação de inconsciente.
“alegre e anónima viuvez” – ideia paradoxal.
2ª Estrofe: Destaque ao canto da ceifeira, “ondula”, é um canto harmonioso. “Ar limpo como um lumiar”, o próprio espaço está em concordância com a beleza do canto.
3ª Estrofe – “alegra e entristece” – antítese, o sujeito poético sente alegria ao observar a ceifeira, a sua felicidade é contagiante, mas por outro lado o sujeito poético fica infeliz, uma vez que se apercebe da inconsciência da ceifeira.
4ª Estrofe – A interjeição no primeiro verso sugere desejo,
“Gato que brincas na rua”[pic 24]
1ª Estrofe- Gato não pensa, age segundo os seus instintos, é inconsciente. Pessoa inveja realmente "a sorte" do gato, que é a sorte de ser inconsciente e puder brincar sem pensar em mais nada - brinca na rua "como se fosse na cama".
2ª Estrofe - O gato é "bom servo das leis fatais", ou seja, cumpre o seu destino sem se opor minimamente a ele.
desalento, tristeza, por parte do sujeito poético.
“canta sem razão”: inconsciência[pic 25]
Tudo o que ele sente sofre um processo de racionalização, a submissão do seu sentimento está ligada à razão.
5ª Estrofe – Paradoxo. Deseja ter a alegria da ceifeira, mas a consciência impede-o.
6ª Estrofe – Presença de 3 imperativos “tornai”, “passai”, “entrai”, deseja a sua morte para fugir desta situação de angústia.
3ª Estrofe - A razão da inveja de Pessoa, mais do que inveja pela falta de preocupação, é inveja pela simples felicidade que existe quando se vive plenamente as coisas sem pensar. "És feliz porque és assim" é uma expressão de profunda miséria, de quem observa e tem a consciência plena que é infeliz.. Pessoa sente que se conhece e conhece a sua situação, mas não consegue ser feliz assim.
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“Não sei se é sonho se realidade”
1ª Parte: 1ª estrofe – Ilha idealizada.
2ª Parte: 2ª e 3ª estrofes – Consciência da realidade.
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