O Movimento Modernista

Leia o seguinte Manifesto:

O Movimento Modernista – “Manifestado especialmente pela arte, mas manchando também com violência os costumes sociais e políticos, o movimento modernista foi o prenunciador, o preparador e por muitas partes o criador de um estado de espírito nacional.

A transformação do mundo com o enfraquecimento gradativo dos grandes impérios, com a prática européia de novos ideais políticos, a rapidez dos transportes e mil e uma outras causas internacionais, bem coma o desenvolvimento da consciência americana e brasileira, os progressos internas da técnica e da educação, impunham a criação de um espírito novo e exigiam a reverificação e mesmo a remodelação da Inteligência nacional.

lsto foi o movimento modernista, de que a Semana de Arte Moderna ficou sendo o brado coletivo principal. Há um mérito inegável nisto, embora aqueles primeiros modernistas... das cavernas, que nos reunimos em torno da pintora Anita Malfatti e do escultor Vitor Brecheret, tenhamos como que apenas servido de altifalantes de uma força universal e nacional muita mais complexa que nos.

Força fatal, que viria mesmo. Já um crítico de senso-comum afirmou que tudo quanto fez o movimento modernista, far-se-ia da mesma forma sem o movimento. Não conheço lapalissada mais graciosa. Parque tudo isso que se faria, mesmo sem

movimento modernista, seria pura e simplesmente... o movimento modernista”.

Disponível em http://www.portalartes.com.br/personalidades-de-22/78-mario-deandrade.

html (Acesso em 12/09/2012).

Mário de Andrade

De acordo com o texto de Mário de Andrade, pode-se afirmar que a Semana de Arte Moderna de 1922 deve ser vista não só como um movimento artístico, mas houve também uma intenção política e social? Por quê?

Houve várias intenções implícitas, e até explícitas, em relação ao mecanismo sócio cultural da época em evidência, porque vários conflitos foram grandes atenuantes e refletores da manifestação popular, que almejava uma sociedade menos preconceituosa, uma política social não de exclusão, mas de amparo aos desejos coletivos. Desejos que se pautavam na liberdade de expressão, pois, os primeiros jornais começaram com os folhetins, que eram pendurados em varais, prontos para serem arrancados e escondidos, devido ao regime militar supostamente mascarado.

O grito retumbante desta Pátria mãe gentil ocorreu na literatura, representada pelos porta-vozes da população, os escritores da liberdade, em 1922, com exposições artísticas, pinturas, livros, esculturas, etc. demonstrando sufoco e falta de liberdade para a busca de conhecimentos e subida na ascensão pessoal.