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O NASCIMENTO DO ROMANCE

Por:   •  5/4/2015  •  Artigo  •  2.182 Palavras (9 Páginas)  •  464 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE NITERÓI

CURSO DE LETRAS PORTUGUÊS / INGLÊS

6ª SÉRIE

ANDERSON FIDELIS COUTO – RA.: 7531604568

MARIA ELISABETE DE ARAÚJO TERRA – RA.: 4200054415

PAOLA MAIO TEIXEIRA DE MORAES – RA.: 4215732599

LITERATURA INGLÊSA

NITERÓI

2014

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE NITERÓI

CURSO DE LETRAS PORTUGUÊS / INGLÊS

6ª SÉRIE

O NASCIMENTO DO ROMANCE

 Século XIX: luzes e trevas do romantismo.

  1. LITERATURA INGLÊSA;

PROFESSOR ALEXANDRE DAUMARIE

NITERÓI

2014


INTRODUÇÃO

        O período Romântico em todo o mundo apresentou características peculiaridades de cada região. Na Grã-Bretanha não foi diferente. O principal evento que influenciou o movimento na ilha e arredores foi a Revolução Industrial, já que a Inglaterra foi o berço dessa nova fase produtiva.

        Isso se deve em parte ao êxodo do camponês para os grandes centros, agora polo de produção e oportunidade de trabalho. Esse ambiente novo foi que deu o pano de fundo aos “romances”, muitos deles hoje clássicos da Literatura Universal.

        Agora, o eixo da sociedade gira em torno do que se produz. Tudo é mercadoria. O camponês torna-se operário e o cristianismo protestante concebia a ideia de que o pecado devia ser evitado a qualquer custo. Então, o trabalho e as coisas de Deus eram ferramentas essenciais para isso, ao contrário do cristianismo católico, que defendia a purgação do pecador. Nem é preciso dizer que esta busca por ocupação da mente e do corpo foi fundamental para o estabelecimento desta nova cultura Capitalista, mesmo que a Reforma protestante já houvesse ocorrido quase 3 séculos antes, criando o cenário ideal para a instalação da Revolução Industrial.

        Numa outra esfera, os casamentos por interesse, tão comuns na antiga Aristocracia, perderam espaço, mas em contrapartida a procura por uma parceira casta e idônea ganhou maior vulto, já que dela dependeria a linhagem legítima, que daria continuidade à propriedade dentro da família. Na verdade substitui-se um valor Feudal por um Capitalista e em ambos a mulher ainda depende do matrimônio economicamente.

        Esses novos critérios foram trazidos pela inclusão da mulher no contexto social devido às novas ideologias liberais. Agora na concepção burguesa, o amor é requisito para o casamento. Justamente esse sentimento vai nortear todas as obras literárias desse período, onde a opinião da mulher passou a ser ponto crucial nas uniões.


1.0 – A CONCEPÇÃO ROMÂNTICA ATRAVÉS DE “ORGULHO E PRECONCEITO” DE JANE AUSTEN

        Ao contrário do estilo antigo, onde os versos contavam as histórias de cavaleiros em suas aventuras, “Orgulho e Preconceito” traz um novo tipo de herói, ou melhor heroína, só que em prosa.

        Elizabeth Bennet ou Lizzy, a nossa heroína, é uma iluminista, que desdenha da futilidade das mulheres de sua época. De classe pobre, destaca-se dentre suas irmãs e demais senhoritas de Hertfordshire por sua sagacidade e inteligência.

        A protagonista ganha contornos bastante feministas, mas sem perder o traço romântico, como a realização matrimonial e a ascensão social. Porém, ainda assim, define novos paradigmas para a literatura da época, pois havia agora novos papéis estabelecidos para homem e mulher na sociedade.

        No contexto da história, a figura do Mr. Darcy, um austero e bem sucedido burguês, se casa com Lizzy, construindo um modelo matrimonial legitimamente romântico, para dar forma aos valores da época. 

        Lizzy, de família pobre, é vítima do preconceito dos nobres e Mr. Darcy, da alta aristocracia, é orgulhoso e criado para se casar com uma mulher do mesmo nível.  Somente o Amor poderia vencer o Orgulho e o Preconceito. Essa é a crítica que Jane faz à sociedade e à submissão da mulher, que era obrigada a se casar por conveniência, nas camadas mais altas.

        As diferenças sociais entre eles, bem como o pouco poder de decisão das mulheres dão o tom do desenvolvimento da trama, juntamente com uma linguagem de caráter romântico e, ao mesmo tempo, irônico que representa um olhar sobre o status histórico das mulheres na Inglaterra.  

        A autora nos dá um retrato da mulher na sociedade inglesa, que naquela época não herdava bens, portanto era necessário um herdeiro masculino para dar continuidade as propriedades da família. A única maneira das irmãs Bennet garantirem uma vida confortável seria o casamento por conveniência, mas Lizzy - inteligente e independente – quer casar por amor.

        1.1 - Algumas características Românticas da Obra:

  • Personagens lidam com os sentimentos em conflito com a cultura da época;
  • O casamento como forma de ascensão social torna-se alvo de críticas;
  • A valorização das emoções pessoais. Esse sentimentalismo está refletido no enredo que consiste em uma história em que o amor e a paixão prevalecem, vencendo o orgulho e o preconceito;
  • Descrição da sujeição das classes menos favorecidas às classes dominantes;
  • Em harmonia com a natureza, as paisagens bucólicas deixam de ser pano de fundo e passam a entrar em contato com o eu romântico, refletindo seus estados de espírito; e
  • A glorificação do que é particular e a recusa em aceitar os princípios da comunidade.

        

2.0 – SOBRE JANE AUSTEN

        Jane Austen nasceu em 1775 na cidade de Steventon, Hampshire, Inglaterra, sendo a sétima filha de um pastor anglicano. Sua vida transcorreu na aristocracia rural inglesa.

        Nos anos posteriores a 1787, escreveu uma obra com diversas paródias da literatura da época, “Juvenilia”.  Entre os anos de 1795 a 1799, começou a escrever os primeiros rascunhos do que viriam a ser os romances “Razão e Sensibilidade” e “Orgulho e Preconceito”, títulos pelos quais se consagrou como uma das melhores escritoras. Porém, esses títulos só viriam a ser publicados em 1811 e 1813, respectivamente.

        Seus livros se caracterizavam por conter diálogos afiados, pela ironia e tinham um alvo específico: a sociedade provinciana inglesa do século XVIII. Também escreveu “Persuasão”, “Emma”, “Mansfield Park” e a “Abadia de Northanger”.  

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