O Realismo surge como defensor de uma literatura realidade
Por: gabrielelak • 4/4/2015 • Resenha • 1.456 Palavras (6 Páginas) • 276 Visualizações
SUMÁRIO
1. Introdução.................................................................................................4
2. Resenha.....................................................................................................5
3. Bibliografia...............................................................................................7
INTRODUÇÃO
Enquanto o romantismo tinha como característica a ênfase da fantasia, predomínio da emoção, proximidade emocional entre autor e os temas, subjetividade, escapismo (literatura como fuga da realidade),personagens idealizados e nacionalismo. O Realismo surge como defensor de uma literatura realista, isto é, a literatura que expõe abertamente a mesquinhez da sociedade, dando ênfase na realidade, predomínio da razão, distanciamento racional entre o autor e os temas,objetividade;engajamento (literatura como forma de transformar a realidade),retrato fiel das personagens,a mulher numa visão real, sem idealizações e o universalismo. O realismo dava ênfase nas relações do homem e a sociedade burguesa, atacando suas ideologias,
Esse realismo surgiu por ter autores no Brasil capazes de enxergar além de seu tempo, como Aluísio Azevedo e Machado de Assis. Porém devido a este trabalho, vamos falar da importância que Machado de Assis tem em nossa literatura, pois ele foi capaz de penetrar nos segredos da sociedade e nos profundos segredos da alma, sem jamais dizer como.
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 1889 e veio a falecer em 1908 no Rio de Janeiro. Machado de Assis desde pequeno lidou e vivenciou os dramas da alma e do meio, pois veio de uma família muito pobre, ficando órfão ainda pequeno e como não bastasse era mulato e gago. Embora os fatos cronológicos da vida de Machado não tenha sido positivo, este soube aproveitar do sofrimento a capacidade de analisar, criticar e refletir o que via, tornando-se assim um grande escritor literário.
Machado de Assis realiza em suas obras um rompimento aos padrões tradicionais da narrativa, seu enredo não apresenta uma ordem cronológica dos fatos, do espaço; usa constantemente a analise psicológica, destruindo as ilusões românticas. Suas obras sugerem do leitor uma atenção rebuscada e muita curiosidade.
O conto “A Cartomante”, que se passa na segunda fase do autor onde ele abandona o romantismo, para inaugurar o realismo com uma visão objetiva e pessimista da vida, do mundo e das pessoas. O autor conta a história de um triangulo amoroso, fazendo uma análise das contradições humanas na criação de personagens imprevisíveis, como todos nós, trabalhando com insinuações em que se misturam ingenuidade e malícia, sinceridade e hipocrisia. Relatando assim aspectos presentes no dia a dia da sociedade
RESENHA:
Machado de Assis assume um tom trágico com uma citação logo no início de Shakespeare, que fala sobre os mistérios que existem entre o céu e a terra. Os personagens têm uma forte profundidade psicológica, e dentro do enredo, que possui fatos que não segue ordem dos fatos o leitor, fica instigado para saber e investigas, os porquês e atitudes que fazem com quem o personagem aja daquela forma. Personagens que tem em si todos os pecados humanos. Sendo contraditórios, imprevisíveis, com uma mistura de ingenuidade e malícia, sinceridade e hipocrisia.
O conto é contado em terceira pessoa, marcando a presença do autor. Ele usava metáforas,e deixava uma presente ambiguidade em seus personagens, já que estes lutam por um amor bandido, que surgiu para ambos e ao fazerem isso traem descaradamente seu melhor amigo e marido.
O conto nos permite fazer uma breve associação do passado, com o presente. No passado, na época da publicação da obra, os valores morais eram vivos e rígidos. E agora no presente observamos que os mesmos ideais ainda são aceitos por nossa sociedade.
Os “jogos de palavras” lançadas pelo narrador,nos convida explorar cada vez mais a história, deixando-nos envolver pelo enredo pelo valor temático que a historia se encontra dentro de um contexto social.
A historia se desenrola em torno de um triangulo amoroso de Rita, mulher graciosa, viva em seus gestos, porém ingênua, sendo considerada no conto como bela e tola; Vilela, marido de Rita, a principio um homem respeitoso e centrado, e que por fim atingido pela traição se vê, preferindo tomar atitudes rancorosas, imorais e nunca pensadas pelo leitor, já Camilo não tinha experiência, nem intuição, e era descrente, porém mesmo sendo amigo de infância de vilela era loucamente apaixonado por Rita, que correspondia sua paixão. E claro a cartomante que possui “intuições sobrenaturais”, que não passam de um tremenda enganação.
Podemos assim observar que Vilela era maduro e centrado, tinha boa reputação e era casado. Já Camilo é jovem e imaturo, que só tem um emprego publico graças a sua mãe. Já Rita é simples bela e tonta, deixando evidente que as mulheres da época eram consideradas mas por sua beleza do que por sua inteligência ou capacidade.
Camilo e vilela já são amigos de outros tempos, Vilela seguiu a carreira de magistrado, indo para a provincia. Já Camilo que preferiu não ser nada, virou um emprego público por causa de sua mãe. Depois de um tempo Vilela voltou da província, lá ele havia se casado uma dama chamada Rita,porém preferiu abandonar a magistratura e veio abrir banca de advogado. Camilo cuidou de arranjar uma casa para que eles pudessem morar, lá pelos lados de botafogo e foi a bordo recebê-los.
Com um tempo Camilo e Rita foram se aproximando mais e criando intimidade, porém com a morte da mãe de Camilo, Rita e este se aproximaram mais ainda, o autor fala que “Camilo quis sinceramente fugir, mas já não pôde. Rita como uma serpente, foi-se acercando dele, envolveu-o todo, fez-lhe estalar os ossos num espasmo, e pingou-lhe
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