O SURREALISMO
Por: Mila Mizashi • 12/6/2017 • Trabalho acadêmico • 313 Palavras (2 Páginas) • 234 Visualizações
O SURREALISMO
O Surrealismo foi um movimento artístico e literário que surge na França nos anos de 1920, reunindo artistas anteriormente ligados ao dadá. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud, enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Defende que a arte deve libertar-se das exigências da lógica e expressar o inconsciente e os sonhos, livre do controle da razão e de preocupações estéticas ou morais. Rejeita os valores burgueses, como a pátria e a família. O principal teórico e líder do movimento é o poeta, escritor, crítico e psiquiatra francês André Breton, que em 1924 publica o primeiro Manifesto Surrealista.
Contra o niilismo pessimista do movimento Dadá, Breton, psiquiatra praticante na 1ª Guerra Mundial, encontrou nas teorias de Freud meios mais positivos para revolucionar a arte. Chamou de “Surrealismo” ao novo movimento que tinha como propósito fundamental anular as barreiras entre o sonho e a realidade. Para isso, usou a técnica do “automatismo psíquico”, pela qual o pensamento se liberta do controle exercido pela razão e pelos condicionamentos sociais, morais e estéticos.
A finalidade do movimento surrealista era colocar “o surreal fora do seu esconderijo”, realizando a fusão da realidade com o sonho. Daí a exaltação do maravilhoso que reside no estado onírico, na alucinação, no acaso, na psicopatologia. Os principais artistas surrealistas foram: na poesia, Paul Éluard; na pitura, De Chirico e Salvador Dalí; no teatro, Antonin Artaud; no cinema, Luís Buñuel e Rossellini.
O SURREALISMO NO BRASIL
No Brasil, vários escritores foram influenciados pelas ideias surrealistas, tais como Mário e Oswald de Andrade, Murilo Mendes, Jorge de Lima, Millôr Fernandes, etc. Na pintura, Tarsila do Amaral, nos anos de 1920, revela a marca surrealista, na medida em que a proposta artística dos modernistas era um mergulho no imaginário para, de um lado, reencontrar a espontaneidade dos instintos e, de outro, matar a cultura dominante e retirar de suas entranhas a matéria prima brasileira.
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