O Soldado E A Enfermeira

O soldado e a enfermeira (Por Wilson Pascoal)

Tudo aconteceu em meio ás guerras, lutas desenfreadas, fuzis, trincheiras, incompreensão, inimizades. O mundo se tornou um barril de pólvoras ou parte dele principalmente a Europa mais precisamente á Itália onde essa história se inicia, as pessoas sentem medo de tudo, aflições que levam todos a pensar que já não existe amor. Em meio aos feridos de uma guerra que se finda a estória de uma enfermeira italiana e um soldado brasileiro.

Gemido de dor, aflição, angústia uma luta pela vida, José Carlos um moço cristão que sempre foi considerado um soldado valente, porém toda a sua valentia foi dizimado e se tornou como um pássaro ferido, esperando pelo milagre da vida.

Francesca, uma enfermeira que se alistou a ajudar voluntariamente os soldados feridos trata a todos com enorme carinho sabendo que é o Maximo que ela pode oferecer.

Um dia em meio como outro qualquer em meio a tantos feridos ela houve um moço clamar a misericórdia de Deus, justo ela que não acredita em Deus pelo fato de já ter sofrido tanto ela não entende como uma pessoa a beira da morte, sofrendo ainda Crê na misericórdia de Deus. Talvez a sua infância sofrida, a qual foi abandonada pelos pais a fez uma pessoa descrente achando que Deus não existia.

Os dias vão se passando e José Carlos só piorando, sua perna está toda comprometida e os médicos dizem que não tem jeito vai ter que amputar.

Francesca fica comovida com a situação e a cada dia que passa mais se aproxima de José Carlos ela sente que ele precisa de carinho e que ela pode ajudar a amenizar essa dor que ele sente constantemente.

Chega o dia da cirurgia os médicos estão apostos e Francesca insiste em querer ajudar, quer ser testemunha da luta de José Carlos. Talvez intimamente ela saiba que José Carlos já faz parte de sua estória . Os Médicos vão cerrar a sua perna e pede que Francesca coloque Clorofórmio para amenizar a dor, no entanto José Carlos pega bruscamente em suas mãos e diz.

- Não faça tal moça, eu fiz um juramento no leito de meu pai na agonia da sua morte que morreu de tanto beber bebida alcoólica ele me fez prometer de nunca tomar algo mais forte que chá ou café e não quero que seja o caso de eu morrer com o cheiro do álcool, só me de a sua mão e me ajude a orar.

Francesca atônica sem entender e admirando a Fé daquele moço, sentia uma coisa que nunca sentiu de mãos dadas com José Carlos ouvindo suas palavras que dizia “o Senhor é o meu pastor e nada me faltará, deitar-me faz em verdes pastos guia-me mansamente as águas tranquilas refrigera a minha alma o meu cálice transborda certamente que a bondade e a misericórdia do senhor me seguirão todos os dias da minha vida”.

Francesca emocionada com aquelas palavras sentia como se fosse um anjo pegando em suas mãos e lhe fez sobrevoar sobre os céus da ternura. Andando por cima dos mares da mansidão de Deus ali ela não só conheceu Deus como também um amor que ultrapassava as barreiras da razão e do coração

Esse amor começou a envolver suas vidas e o carinho de Francesca começou sarar José Carlos que aos poucos foi renascendo e o amor de Francesca foi a perna que ela perdeu na guerra e Francesca pode sorrir já não estava só.

Construíram uma casinha