O USO DA LITERATURA INFANTIL NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA: ESTUDO BIBLIOGRAFIA SOBRE A PRÁTICA DOS PROFESSORES
Por: Ana Nero • 15/9/2016 • Artigo • 1.727 Palavras (7 Páginas) • 1.496 Visualizações
O USO DA LITERATURA INFANTIL NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA: ESTUDO BIBLIOGRAFIA SOBRE A PRÁTICA DOS PROFESSORES
1 INTRODUÇÃO
Este presente trabalho visa demonstrar que a leitura em sentido amplo, contribui para desenvolver o ser humano, em relação ao processo de inclusão à sociedade, cidadania e de identificação.
Tem por propósito este artigo avaliar as abordagens e os aspectos fornecendo aos professores sugestões e práticas de leitura para os alunos. Segundo os parâmetros curriculares do ensino fundamental pode ser dividido em dois grupos funcionais e literários, mas a autora também afirma que o professor deve conhecer instâncias do texto literário, assim os professores atendem as necessidades dos alunos tornando-se uma prazerosa leitura.
De acordo com a autora Maria Alice Farias (2013), há muitas implicações negativas das leituras pedagogizantes praticadas na escola. A falta de especialização na área da teoria literária implica nas negligências dos recursos usados na literatura, assim essas implicações pode resultar no desestímulo ao gosto pela leitura fazendo com que o aluno tenha uma proposição de leituras que ocultam o aluno de fazer múltiplas possibilidades de leitura.
É à literatura, como linguagem e como instituição, que se confiam os diferentes imaginários, as diferentes sensibilidades, valores e comportamentos através dos quais uma sociedade expressa e discute, simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias. Por isso a literatura é importante no currículo escolar: o cidadão, para exercer, plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem literária, alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo que nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos. (LAJOLO, 2008, p.106)
A partir da leitura é que se promove sistematicamente o desenvolvimento como cidadão, tendo em vista que o individuo obtém mais competência pessoal e profissional.
Um importante instrumento para a realização do incentivo à leitura, bem como para a promoção do texto literário é o chamado mediador de leitura, dos quais se revelam inquestionavelmente membros essenciais para a divulgação pedagógica literária.
Deste modo a formação dos mediadores tem por finalidade democratizar a leitura de forma que esteja ao alcance de todos, além de incentivar e proporcionar o conhecimento como um todo à sociedade.
Neste sentido configurando que a sociedade muitas vezes é tradicionalmente excludente o exercício da leitura adquire importante papel contemporaneamente, pois facilita eliminar qualquer tipo de exclusão que impede à aquisição da ampla educação inclusiva.
Assim, no Brasil a Literatura Infantil sempre esteve atrelada a escola, e garantido espaço correlatos para atrair a atenção dos destinatários da leitura, mesmo que a leitura seja exercida como pretextos informativos, pedagógicos, obrigatória ou utilitária.
A definição da Literatura Infantil se expressa por um conjunto de publicações, de amplo conteúdo didático e recreativo, destinado ao público para explorar a aprendizagem e a melhor leitura.
Entretanto, estudiosos desta área consideram esta definição um tanto quanto restrito, tendo em vista que antes da existência de revistas e livros, a Literatura Infantil já atuava , expressando cultura de geração em geração e de povos. Alguns autores de livros entendem que a literatura infantil é arte. E por ser arte são dirigidos as crianças e adultos, pois possui a intenção de transmitir por meio de seus textos, conhecimentos e ensinamentos.
Ressaltamos que este processo de incentivo a leitura apresenta uma lógica de domínio, da qual estabelece uma relação disciplinar exercido pelo professor em sala de aula, sendo considerado guardião do saber dos seus alunos, em contrapartida os alunos são acostumados pelo ambiente escolar.
A utilização da literatura infantil se restringe ao papel transmitir o conhecimento de acordo com o que o professor determina. O uso da literatura pelo professor, figura dominante em sala de aula, faz com que os alunos sigam normas de comportamento e de obediência.
Sendo assim, pode-se dizer que a Literatura Infantil é arte, destinada ao público, da qual serve de aprendizagem, no entanto, segue uma finalidade estética, de exploração e convite à fruição.
Contemporaneamente, a constante circulação dos textos literários infanto-juvenis nas escolas tem a intenção voltada ao exercício de informações didático.
Na escola o aluno encontra este espaço de incentivo a criança ao mundo da leitura, e principalmente, almejando transformá-los em leitores permanentes interessados em ler cada vez mais.
Os livros literários utilizados como meio educacional possui relação com o incentivo por parte do professor de que o aluno pegue gosto pela leitura.
A partir disso, as iniciativas são instituídas com o objetivo de sanar a falta de interesse pela leitura por parte do aluno, do qual se torna um problema educacional.
Assim as iniciativas de incentivo se traduzem por meio de projetos de leitura, que se expandi no mercado de livros didáticos editoriais, e livros infanto-juvenis, literários paradidáticos, e de pesquisas acadêmicas, dentre outras.
Portanto tornou-se importante a leitura para a chave do saber, e com isso, recaiu sobre a leitura, a responsabilidade do ensino e da aprendizagem, incidindo sobre a literatura, o fator de instrumentalização de transformar a sociedade.
A referida responsabilidade se perfaz na falsa crença que os livros, resolvem o problema do analfabetismo, da evasão escolar e da repetência.
No entanto, o sucesso escolar tem relação à dinâmica da família de afetividade, de autonomia familiar de incentivar a leitura e a escrita, de investimento pedagógico, fato este que não se limita apenas em presença ou não livros em casa.
É frequente encontrar em família de pais leitores, livros guardados cuidadosamente, sendo a criança impedida de manuseá-lo ou pais que investem na compra de livros e enciclopédias, mas não acompanham seus filhos em suas descobertas na leitura.
Entendemos que o ideal seria a família desempenhar o papel de intermediários no processo de descobertas, o que possibilitaria a apropriação do capital cultural.
Em contrapartida, também não é raro encontrarmos em famílias com pouco acesso a leitura, mas que cultivam hábitos de fazer anotações, lembretes, agendar, racionalizar, prever, planejar, calcular o tempo e gastos.
Pais que fazem que os filhos leiam e escrevam histórias, fazem-lhes perguntas sobre o que estão lendo, envolvem seus filhos na
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