Ortônimo Fernando Pessoa

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu a 13 de Junho de 1888, no quarto andar da casa em frente ao teatro nacional de São Carlos, em Lisboa.

Aos 5 anos de idade, o pai morre, vítima de tuberculose. A morte foi anunciada no Diário de Notícias, jornal onde trabalhava na altura.

Um ano mais tarde, viria a falecer seu irmão, Jorge Pessoa, a 2 de Janeiro de 1894.

Devido a perda dos seus familiares, Pessoa acaba por se apegar muito á sua mãe, D. Maria Madalena.

Aos 7 anos de idade, o pequeno escreve o seu primeiro poema dirigido a mae, que queria viajar sem ele para Durban.

À minha querida mamã

Ó terras de Portugal

Ó terras onde eu nasci

Por muito que goste delas

Inda gosto mais de ti.

(Como podem reparar no ultimo verso, pessoa dirige-se a sua mae por “tu”, que na altura era visto como uma ousadia. Surpriendida com o ato, acaba por decidir leva-lo com ela.)

De regresso a lisboa, 17 anos depois, Fernando Pessoa inscreve-se na faculdade de letras em lisboa, da qual vem a desistir 2 anos depois.

Sendo a vida do poeta uma constante deambulação, este viveu em 17 casas por Lisboa, devido ao seu emprego de freelancer, o que não lhe garantia ordenados fixos. Este emprego consistia principalmente em traduzir cartas, 3 vezes por semana a escritórios, aproveitando os dias restantes para a sua obra.

Das inúmeras casas por onde passou, destaca-se a casa na Rua Coelho da Rocha, em Campo de Ourique, onde hoje em dia se situa o museu.

O motivo da localização do museu é devido ao facto de esta ter sido a ultima casa habitada por Pessoa, onde viveu os seus últimos 15 anos de vida, entre 1920-1935.

Embora Pessoa tenha vivido maior parte de sua vida em pequenos quartos, na verdade neste prédio, este viveu num apartamento com a sua mae e 3 meios irmãos.

A casa como museu abriu a 30 de novembro de 1993, coincidindo assim com o aniversario da morte do poeta; este projeto passou por uma vasta reconstrução devido ao estado degradante em que o predio foi encontrado. Porem, este ainda tem varias partes originais, tais como a fachada, a porta principal, a porta de acesso a sala e ainda as escadas e o corrimão do prédio.

Para além disso, a arquiteta, Daniela Ermando, quis preservar a estrutura do prédio, mantendo bem visível a separação dos diversos apartamentos, hoje salas do museu.

(FAlar da estutrura do prédio)

(relato do video feito)

Na comoda que viram no video, foi onde Fernando Pessoa deu vida a alguns dos seus heterónimos e obras mais importantes.

O primeiro heterónimo criado por Pessoa, foi Chavelieur de Pas, quando este possuía apenas 6 anos. Esta personagem fictícia nasceu para preencher o vazio da ausência do pai e do irmão.

Cada heterónimo tinha a sua própria assinatura tendo estas diferentes tipos de letra pois tendo o poeta estudado grafologia, este acreditava que a forma de escrita de cada eu remetia para diferentes características da personalidade deles.

Assim, escolhemos 2 heterónimos para vos apresentar: Maria José, de 19 anos, doente e corcunda , passava os dias fechada em seu quarto, sendo o único contacto  com o exterior, uma janela por onde esta via as pessoas passar. Sendo sempre desprezada, um dia , um homem que passava sorriu-lhe acenando, tendo esta nunca vivenciado tal interação apaixona-se imediatamente por josé, a quem escreveu uma carta de amor antes de morrer.

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