PRATICA PEDAGOGICA I
Por: Flávinha A.R • 26/11/2019 • Trabalho acadêmico • 1.284 Palavras (6 Páginas) • 237 Visualizações
UNIVERSIDADE DE UBERABA
FLÁVIA ALVES RANGEL MIQUELINE
PRÁTICA PEDAGÓGICA I
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM - ES
2019
FLÁVIA ALVES RANGEL MIQUELINE
PRÁTICA PEDAGÓGICA I
Trabalho apresentado ao curso de Licenciatura em Letras Português / Inglês da Universidade de Uberaba como requisito para aprovação na disciplina 980228 – Prática Pedagógica I.
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES
2019
MEMORIAL ACADÊMICO
Meu nome é Flávia Alves Rangel Miqueline e nesse memorial vou apresentar minha história, contando o trajeto, até a escolha desse curso. Bem, nasci aos 22 de Setembro de 1994, em Cachoeiro de Itapemirim-ES, a famosa cidade do Rei Roberto Carlos. Filha de dona de casa e de um caminhoneiro, sempre fui uma criança muito amada pelos meus pais, afinal até minha chegada, minha mãe sofreu abortos, e com isso teve que fazer tratamentos para que conseguisse levar uma gestação até o final.
Minha infância foi regada de muitas brincadeiras e de viagens com meu pai, afinal, para mantermos próximos, minha mãe abriu mão de um trabalho fora, para acompanhar meu pai Brasil a fora. Conhecemos vários estados a bordo de um caminhão, e temos tudo registrado em fotografias. Quando tinha cinco anos, minha mãe promoveu-me a irmã mais velha, ela engravidou novamente, após sofrer outros abortos, e nasceu meu irmão Rodrigo. Com o nascimento do meu irmão não poderíamos viajar com tanta frequência, até porque, eu começaria a estudar.
Entrei na pré-escola, e diferente de outras crianças, eu amava ir à escola, lembro-me da minha primeira professora do antigo Jardim, carinhosamente chamava de Tia Creuza, assim como me lembro das tias do Pré I, Tia Carla e Pré II, Tia Julia, ah, essa do Pré II não posso deixar de detalhar como foi marcante. Acredito que ela foi uma das pessoas responsáveis por despertar em mim, essa vontade de ser Professora. Tia Julia, sempre me dava mais atenção do que para outros colegas, eu era a puxa saco, e essa minha dedicação e vontade de aprender, fez com que ela me ensinasse a ler antes mesmo dos meus colegas.
Cheguei ao Ensino Fundamental, antiga 1ª Série, sabendo ler e escrever como ninguém, pois a Tia Julia havia me ensinado, e minha mãe sempre me incentivava, e comprava livros para mim, despertando em mim essa busca pelo saber. Sou capaz de lembrar-me de todas as professoras que me deram aula do 1º ao 9º ano, e o que cada uma marcou em mim, em especial as de Língua Portuguesa. Essa matéria, odiada por tantos, sempre foi a minha preferida!
Essa vontade de ser Professora vem desde criança, adorava brincar de escolinha, com meu irmão e meus primos, sempre fomos unidos, afinal morávamos no mesmo quintal. Eu tinha um quadro verde de giz, que eu escorava no muro e ali passávamos horas, eu como a professora e eles como meus alunos.
Sempre me senti uma criança adulta, pois sempre fui muito madura e minhas atitudes não eram como as das crianças da minha idade. Com isso, aos 11 anos minha vizinha me pediu para dar aulas particulares para seu neto de sete anos, e como ela não tinha estudo, não conseguia o ajudar com as tarefas de casa, ela me pagava R$20,00 por mês, e eu ficava lisonjeada, afinal, estava fazendo o que gosto de fazer, de ajudar ao próximo, de ensinar. Logo minha outra vizinha me chamou para dar aulas também para seu filho, assim eu estava garantindo meu primeiro salário.
Quando estava no 9º ano, aos 14 anos minha professora de Português, Suellen, vendo meu interesse e meu desempenho nas aulas me convidou para fazer uma prova na escola de Adolescente Aprendiz, polo Salesianos onde ela trabalhava, se eu passasse eu teria a oportunidade de ter meu primeiro emprego! Fui com muita segurança e passei na prova, meu cadastro para o primeiro emprego havia sido feito, mas como eu estava com 14 anos, teria que esperar completar os 15. Não desanimei e esperei ansiosamente, até que fui chamada para o estágio na Justiça do Trabalho, na época estava no 1º Ano do Ensino Médio, estudava na parte da manhã e trabalhava à tarde. Até pensei que, ao entrar nesse ramo jurídico meu pensamento de ser professora mudaria, e quem sabe despertaria o interesse pelo Direito, mas não, fiquei lá por quase dois anos, e ao final do contrato estava triste em saber que não poderia ser contrata por eles. Eis que surge um chamado para estagiários para sala de informática das escolas da prefeitura, me inscrevi, fiz a prova e passei. Assim não ficaria sem um emprego e sem meu salário, já que estava acostumada a ter meu próprio dinheiro. Comecei o estágio na sala de informática em uma escola de 1º ao 5º ano na parte da manhã, ali vi que realmente a escola é o lugar que eu quero estar. Lidei com crianças muito especiais, e também com os professores, pude ver de perto, como é fascinante esse meio escolar. Poderia ter escolhido pedagogia, mas Letras, sempre foi minha paixão.
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