PRIMEIRO ALUNO DA CLASSE

PRIMEIRO ALUNO DA CLASSE

O filme é baseado na história de Brad Cohen, um professor que tinha a Síndrome de Tourette (distúrbio neuropsicológico que envia mensagens involuntárias ao corpo, como espirros, normalmente associados a tiques - piscar, contrair músculos da face, e sons, como tosse).

O filme conta sua trajetória com a síndrome desde a infância, como os pais e a instituição escolar souberam (ou não) lidar com o seu problema, e como o próprio conseguiu conviver com a doença até a fase adulta e se tornar um excelente professor.

Na infância enfrentou conflitos por causa da síndrome. Seus tiques e barulhos irritavam principalmente o pai - que já estava se separado da mãe, que acreditava ser uma mau criação de criança, e os problemas na escola não eram menores. Era rejeitado pelos colegas e sempre acabava na sala do diretor porque achavam que seus barulhos se tratavam de uma brincadeira.

A mãe de Brad Cohen, Sra. Ellen, inconformada com a situação, procurou diversos médicos e psicólogos, a fim de obter respostas pelo seu comportamento. Cansada de sempre ouvir que ele teria que ser controlado e acompanhar as dificuldades do filho, procurou ajuda em uma biblioteca.

Foi nos livros de medicina que ela descobriu a Síndrome de Tourette. Os sintomas eram os mesmos que o Brad apresentava e retornou ao psicólogo pra confirmar sua suspeita.

Depois de mudar de escola por conta dos problemas que convivia devido a sua síndrome, ele finalmente conseguiu encontrar uma na qual o diretor soube lidar com a situação. Em um concerto musical, Brad não parava de emitir sons e ter espasmos, esse diretor parou tudo que estava acontecendo e pediu para que Brad subisse ao palco. O diretor lhe fez perguntas sobre o seu problema (aquelas que todos queriam fazer e saber) e Brad explicou a toda a escola sobre sua síndrome. E foi a partir daí que foi aceito e conseguiu se adaptar ao ambiente escolar.

Brad cresceu, formou-se e estava decidido a ser professor. E esse sonho seria mais um desafio que o então Sr. Cohen iria enfrentar. E que desafio!

Distribuiu currículos por todas as escolas possíveis de Atlanta, e fez entrevistas em outras várias, mas as reações eram as mesmas (estranheza, ofensa) e nunca obtinha respostas por causa da sua deficiência. Até que quase sem esperanças, recebeu a oportunidade de lecionar para um classe do segundo ano (primário) em uma escola que o recebeu muito bem.

Durante suas aulas deparou-se com os mais variados alunos (dentre eles, uma aluna com câncer e um aluno hiperativo), os quais o receberam sem nenhum preconceito. Porém, o pai de uma aluna, mudou a filha de sala acreditando que o Sr. Cohen não seria capaz de ensiná-la. Esse fato não o abalou com a escola.

Brad conheceu Nancy pela internet, marcou um encontro pessoalmente, e mesmo nervoso pensando que ia ser rejeitado, Nancy o aceitou além do esperado, o apoiou em tudo. Se apaixonaram, namoraram e casaram.

Foi reconhecido pelo seu profissionalismo e ganhou o prêmio de Professor do Ano do Estado da Georgia.

Brad viveu muitas coisas independente da síndrome. O tempo todo em que o personagem narrava e vivia a história, seu roteiro deixava claro a forma com a qual Brad Cohen lidava com a deficiência. Chamava-a de amiga, companheira