Paraisos Artificiais

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Filme : “Paraísos Artificiais”

A impressão em que é transmitida e a que vejo a é uma recriação do universo do mundo das “raves” , evento organizado em um ponto privado em que jovens se lançam a todos os tipos de liberdades (drogas, bebidas, sexo com desconhecidos) durante horas a fio. A surpresa é que uma proposta à primeira vista tão banal rende um dos melhores filmes nacionais. O sucesso do filme se dá pelo envolvimento de José Padilha como produtor e Marcos Prado como diretor. Dois dos profissionais mais competentes em atividade no Brasil, ambos já trabalharam juntos na produção dos filmes   “Tropa de Elite”.

Com narrativa não linear, “Paraísos Artificiais” tem como protagonistas Érika (Nathalia Dill) e Nando (Luca Bianchi). Atuando como DJ, Érika vai à Amsterdã com sua melhor amiga Lara (Lívia de Bueno) com a intenção de fazer sua primeira apresentação no festival Shangri-La. Por lá, elas conhecem Nando, um playboy que é envolvido com tráfico de entorpecentes. Enquanto  é visto com clareza este mundo de falsas satisfações, há também o desenvolvimento de um drama recente que se conecta imediatamente com essas passagens na Holanda.

A historia é escrita por Cristiano Gualda e Pablo Padilla, Marcos Prado enxergou em seu texto com possibilidade de materializar na tela as bad trips experimentadas pelo trio como por exemplo um em que Érika se vê ao redor de búfalos selvagens ou quando ela, Nando e Lara iniciam um relacionamento a três enquanto usam uma maquiagem fluorescente. E por fim para não ficar preso somente neste cenário, é feito uma narrativa que se concentra mais nos anseios e relacionamentos familiares dos protagonistas.

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