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Poema Condição Humana

Por:   •  15/3/2016  •  Dissertação  •  449 Palavras (2 Páginas)  •  286 Visualizações

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A fina linha da perfeição

O abraço já é comedido pelas cerimônias, o tempo ilusório ou não, mostrava a certeza da distancia entre os dois.

Isso lhe cerrava os ossos.

Teria de aprender a ser só como dizia a canção? Ou mesmo ouvir o coração lhe dizer que necessitava aprender a só ser?

Ele sempre quisera dias com gosto de brigadeiro, mas, mesmo em sol e céu azul, as ventanias começavam em seu interior.

 Os campos floridos não lhe enganavam, sabia que era tempo de inverno.

A terra punha-se em fuga de seus pés, vivia a incógnita de quem seria no outro dia.

E assim caminhava a humanidade.

A pior sensação era procurar algo que nem havia dado como perdido, sua  alma era um labirinto escuro, perdera-se tantas vezes em suas certezas,a própria frágil linha de fé que segurava seus balões de esperança rompendo-se subia ao sem fim do céu sobre os olhos de crianças.

Foi-lhe colocada uma espécie de desejo por eternidade no mesmo tempo que toda certeza esconde o susto do engano. O tempo não se dobrava as suas vontades, assim como a vida ao capricho de seus planos.

“Avance” dizia seu coração ao passo em falso: porque toda queda esconde um degrau de gloria.

Naquela noite a chuva escondia suas lágrimas, as pedras costumeiras a machucar-lhe os pés punham-se em fuga de seus passos, deixava o frio invadir-lhe o espaço na alma guardado ao abraço que não viria, pois, persistia a fé em não negar que naquele barro de vaso que era seu peito, resistiam flores de luz na profundidade inominável que era ele.

O amor é a maior proteção, não se cansava de dizer. Com o amor sendo a maior proteção estava protegido.

Que Deus me perdoe

Que Deus me perdoe pelo medo de amar, que Deus me perdoe pelas palavras espinhos que lancei em outrem.

Que Deus me perdoe pelo ego que me inflama, no passo a passo ou em cima da cama, dos meus planos que a vida em seu capricho nem ousou olhar para eles.

Que Deus perdoe a minha ganância de fome, de luz, de fogo, porque o frio tantas vezes severo foi comigo, mas isto não justifica o calor de sorriso que neguei a quem estava com o coração nu ou em brasas cada qual com suas pragas. Que Deus perdoe meus 21 anos.

Que Deus perdoe minhas mãos tortas, meu coração traiçoeiro, minha língua tantas vezes falsa, minha ilusão de eternidade, meu desejo de gloria.

Que Deus me perdoe pelos que afastei em cólera e ira, os que deixei afastarem-se sem partilhar com eles a vida, a vida simples e mágica sem mistificação.

Que Deus me perdoe e possa ser a plenitude no tamanho do vazio que há em mim.

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