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Princípios de Linguística Geral

Por:   •  25/11/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  468 Palavras (2 Páginas)  •  270 Visualizações

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Questões – Princípios de Linguística Geral, Capítulos I e II

1) Para Mattoso Câmara no que consiste a língua como representação?

A propriedade essencial de uma língua, utilizada em uma determinada comunidade linguística é de ser representativa, sendo essa representação exclusivamente humana. Na língua, os fenômenos que impressionam os nossos sentidos são interpretados e representados: o espaço em que vivemos é representado em um espaço harmonioso e nítido, ou seja, cria-se um mundo na linguagem, embora não necessariamente coincidente com a interpretação racional ou lógica. Os homens passam a compreender o espaço onde vivem de certa maneira, e partindo de compreensão comum (concretizada na língua), podem fazer assunto de comunicação entre si.

Nota-se então, que a representação, para Mattoso, é a própria essência da comunicação linguística, pois é ela que estrutura e simboliza em nós a realidade material e sociocultural em que vivemos como falantes de uma língua.

2) Quais são as modalidades da linguística no entendimento de Mattoso Câmara?

Língua e Evolução: evolução é a maneira adequada para conceituar a mudança linguística, devido a seu caráter gradual. A mudança radical repentina é impossível, como exemplo nota-se a mudança de lupum para lupo, que não foi imediata, pois para tanto houve uma longa cadeia evolutiva.

● A Gramática Comparativa: o conceito da língua está sujeito a um processo de evolução e deu-se como consequência do descobrimento oitocentista de que muitas línguas da Europa e várias da Ásia tem uma origem comum e provém do Indo-Europeu.

Para firmar e comprovar essa tese, foi criado um método de comparação das formas linguísticas, chamado gramática comparativa.

Linguística Histórica: o desenvolvimento da gramática comparativa indo-europeia trouxe a tona certos princípios responsáveis pela evolução linguística. Um corpo de doutrina foi criado para explicar a formação e evolução das línguas, constituindo a chamada linguística histórica, ao lado da gramática comparativa.

Linguística Descritiva: compreende o estudo dos estados linguísticos, ou seja, como se apresenta o sistema da língua em cada momento da história em sua fixidez aparente, dividindo-se a linguística em dinâmica e estática (ou sincrônica e diacrônica).

A Análise Linguística: a análise interpretativa das formas atuais de uma língua em funcionamento como meio de representação mental e comunicação social, é a essência da linguística descritiva (sincrônica).

A Oposição Linguística: a circunstância de que cada elemento linguístico tem valor e individualidade na medida em que se opõe a outro elemento. A oposição pode ser estrutural ou funcional.

Linguística Pancrônica: a grande tendência da separação radical do estudo evolutivo do descritivo, não deve ser motivo para considerá-las disciplinas isoladas, pois elas se combinam para constituir a linguística pancrônica, na qual a verdade sincrônica e a verdade diacrônica confluem em uma síntese ampla, onde todo fato linguístico deve ser considerado no sistema de que é parte e também na sua história, que é a história do próprio sistema.

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