REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

RESENHA CRÍTICA

Nome: Isabela Santos Silva

Curso: Ciências Biológicas (2016/1)

Data: 26 /11 /2018

Disciplina: Educação Para A Diversidade

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CARRIJO, I. L. Do professor ideal de ciências para o professor possível

RESUMO DA OBRA

O livro revela as expectativas construídas sobre professores de Ciências a partir da realidade, com depoimentos e análises de experiências de professores e alunos envolvidos o ensinar e aprender Ciências em escolas de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental. Como é e o que faz um professor de Ciências são questões constitutivas do eixo básico voltado para a posterior proposição de um melhor professor a ser formado. Um livro fundamental a todos os que se dedicam à formação inicial ou continuada de professores ou àqueles que buscam seu próprio desenvolvimento profissional.

O livro gira em torno da formação do professor, bem como questões que envolvem o aluno licenciando em ciências biológicas, como suas maneiras de atuação, perfil de professor a se seguir e se existe um modelo ideal para construção deste profissional. A discussão da obra se inicia com a questão da não focalização do ato de ensinar propriamente dito, as disciplinas que o graduando em licenciatura de ciências biológicas cursa apresentam um raso enfoque no ‘como ensinar’, dando ao discente uma visão superficial da profissão professor, o que só é vivenciado tardiamente na graduação.

Mesmo procurando trabalhar o domínio de todos os conteúdos aprendidos durante a graduação que envolvem as metodologias de ensino de ciências, a autora reafirma em seu livro que a teoria apresenta uma grande diferença da prática, pois um professor recém-formado apresenta inúmeras dificuldades no decorrer da profissão procurando respostas do tipo “como devo ser?”, “como estou indo?” em relação aos alunos da classe que ele atende.

Na segunda parte de seu texto, a autora mostra o quão importante são as fontes que o professor usa para fundamentar sua carreira, elas por sua vez, emitem diretamente as percepções sobre as ações que direcionam o professor de ciências e biologia.

Em uma das grandes discussões abordadas no livro, a autora apresenta uma da série de depoimentos elaborados e coletados em escolas de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental. A diferenciação de ciência e ciências vista por estes educandos varia desde a ciência é o estudo de tudo aquilo que existe ou daquilo que existiu, procurando o verdadeiro sentido das coisas, até que a ciência é vista como ‘magia’, demonstrando as várias perspectivas dos alunos quanto a disciplina, o que de certa forma preocupa os licenciados.

Quando perguntado aos mesmos alunos do ensino fundamental quais eram as percepções deles pelo professor de ciências da sua escola é nítido que o ‘ser professor’ vai muito além de ter domínio sobre o conteúdo ministrado. Respostas como “ele é amigo, companheiro” ou até mesmo “dá aulas pensando somente no dinheiro que vai receber” dão subsídio aos professores para buscarem um ‘ideal’ educador.

Os alunos também explicam que para eles, o professor deveria ser mais interessado pela aula e que transmitisse essa motivação em sala de aula, muitos cobram mais coisas que fogem do conceito de dentro de sala de aula, como a elaboração de um laboratório e aulas diferenciadas para que a aula não ficasse estagnada ao livro didático cedido por outras instituições. Basicamente, o aluno apresenta ideias que de uma fora geral, se libertam do conceito tradicional de ensino-aprendizagem.