RESUMO DO LIVRO O NASCIMENTO DE MALALA
Por: Vitória Costa • 10/11/2019 • Resenha • 956 Palavras (4 Páginas) • 263 Visualizações
RESUMO DO LIVRO
O livro começa contando sobre o nascimento de Malala, um ponto importante para destacar a desigualdade entre os gêneros em sua região. Ela conta que quando um menino nasce, rifles são disparados em comemoração. Enquanto isso, para os pachtuns, quando uma menina nasce o dia é considerado sombrio. Ali, meninas servem apenas para fazer comida e procriar. Conforme cresciam, as mulheres perdiam a liberdade, era esperado que cozinhem e que sirvam seus pais e irmãos. Enquanto os homens e os meninos podem andar livremente pela cidade. Sua mãe não tinha autorização para sair de casa sem que um parente do sexo masculino a acompanhasse.
O pai de Malala, Ziauddin, acreditava que a falta de educação era uma forma dos lideres controlaram a população através da ignorância, e por isso lutou muito para ser um professor e sonhava em abrir a própria escola. Quando começou na faculdade, era uma época de otimismo, pois foi quando Benazir se tornou a primeira mulher a se tornar primeira-ministra no Paquistão. Ele trabalhou como professor de inglês e ganhava pouco, mas com a ajuda e investimento de dois sócios, conseguiu criar a escola que tanto sonhava. Inicialmente a escola tinha 3 alunos, o que fez seu pai se afundar tanto em dividas que não puderam mais ter uma casa, então se alojaram em cômodos da escola. Então, pode-se dizer que Malala cresceu literalmente em uma escola.
Quando Malala reclamava das questões de desigualdade, seu pai contava que no Afeganistão, o Talibã havia dominado o país e chegava a incendiar as escolas de meninas. Obrigavam os homens a deixarem crescer a barba e às mulheres a usarem busca. Nesses momentos, Malala ficava feliz por pelo menos poder ir à escola. Malala, aos sete anos, era a primeira de sua classe e costumava participar de tudo. Costumava competir com sua melhor amiga, Moniba.
Um dia, Malala foi até o lugar onde costumavam despejar o lixo e viu uma criança de sua idade catando lixo, coberta de feridas. Ali, conheceu a realidade de outras crianças, e seu pai lhe explicou que elas vendiam os materiais para empresas em troca de um pouco de dinheiro. Nisso surgiu uma grande motivação nela para levar a educação para todos.
Certa vez, um mufti tentou fechar a escola de seu pai por achar uma vergonha, e continuou insistindo. Aquela interferência era um sinal do quanto o país havia mudado.
Malala tinha dez anos quando o Talibã veio para o vale, e desde então tudo mudou. As pessoas começaram a tratar Fazlullah como um profeta e a fazer tudo por ele. Um professor chegou a se recusar a lecionar a ala feminina, pois seu maulana não aprovava isso.
Um dia, receberam um comunicado oficial que determinava que as mulheres não deviam estudar. Fazlullah começou a parabenizar as garotas que deixaram de estudar, pois agora elas poderiam ir para o céu. As garotas quem ainda frequentavam a escola eram chamadas de búfalos e ovelhas. Fazlullah fechou os salões de beleza e proibiu que os homens se barbeassem, deixando os barbeiros sem trabalho. O Talibã proibiu que as mulheres fossem ao mercado. Caso fosse, elas não eram atacadas, mas o Talibã as aterrorizava para que ficassem em casa. Fazlullah criou um novo tribunal, as punições incluíam chicoteamento público, algo diferente nessa época. E então começaram a surgir ataques suicidas.
Naqueles dias sombrios, foi a escola que conseguiu fazer Malala seguir em frente. Muitas meninas abandonaram a escola devido as ameaças constantes. Algumas alunas deram uma entrevista à Tv Khyber sobre as garotas que vinham abandonando a escola por causa dos talibãs. Um dia, Malala foi ao Geo, que era um dos maiores canais a cabo do país. Eles queriam entrevistas, e as garotas tinham medo ou eram proibidas pelos seus pais, mas não era o caso de Malala. A cada entrevista ela ficava mais confiante e popular.
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