RESUMO LEITURA DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS EM SALA DE AULA
Por: Raquel Gomes • 15/4/2017 • Resenha • 707 Palavras (3 Páginas) • 334 Visualizações
Universidade Estadual do Ceará – UECE[pic 1]
Disciplina: Literatura Infantil-juvenil (Noite/35AB/2016.1)
Professora: Valdinar Custódio
Aluna: Raianne Raquel Gomes da Silva
RESUMO
LEITURA DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS EM SALA DE AULA
O texto em questão inicia com uma reflexão acerca do que é arte e destaca algumas modalidades nas quais ela pode se manifestar, tais como: suporte, proposta, estrutura, apropriação, construção sensorial e composição. Em se tratando do campo da narrativa literária, a arte em quadrinhos se faz presente em vivências da infância enquanto as histórias são contadas às crianças por meio de um adulto, importando também, as ilustrações, possibilitando maior interação.
Para uma melhor compreensão do texto, devem ser consideradas as linguagens verbal e visual. Considerando esse fato, foi produzido O romance de Mesulina entre 1400-1420, que além da linguagem verbal, era constituído por 6 pinturas ilustrativas. A partir de então, diversos autores utilizaram esse recurso em suas obras, dentre eles: Gian Battista Basile com Lo Cunto deli Cunti ou Pentamerone e Monteiro Lobato em A menina do narizinho arrebitado. Atualmente, além desses métodos, a produção literária emprega artifícios sonoros e partes móveis, tornando assim, as histórias mais interessantes ao público infantil.
Apesar desses avanços na área literária, alguns gêneros ainda são rejeitados no ambiente escolar, dentre eles, a história em quadrinhos. Esta, por sua vez, é vista como algo que pouco acrescenta a alunos do ensino fundamental, por ser considerada de fácil compreensão. Isso acontece porque as variantes que constituem as imagens não são comtempladas de modo significativo, ignorando também, elementos como personagens, enredo, sequência temporal; disposição dos recursos gráfico-visuais; título e sua relação com a história narrada; balão de indicação de fala ou de pensamento; narrador, se presente ou ausente do texto; legenda, por meio do discurso indireto.
Atualmente, os quadrinhos também são utilizados para publicar releituras de clássicos literários a fim de, aproximar leitores iniciantes de textos que, independente da época na qual foram escritos, sempre têm algo novo a dizer. A partir da leitura dessas obras, eles terão acesso a novas experiências e conflitos, abrangendo assim, o conhecimento de mundo e possibilitando experimentar e recriar histórias em diferentes épocas.
Cabe ao docente mediar essa interação entre a literatura e os discentes, facilitando seu entendimento, tornando-a interessante e atraente a leitura de clássicos na infância e adolescência. Para tanto, o profissional deve atuar de forma a encantar os alunos, partindo essencialmente de três perspectivas: oficina, na qual o aluno aprende fazendo e, por isso, desenvolve atividades de leitura e escrita; andaime, no qual o professor sustenta a atividade para que os alunos a desenvolvam autonomamente; e portfólio, que permite o registro de atividades e a sua visualização.
Segundo Martins (2002), dar sentido a um texto implica em levar em conta a situação deste com o leitor. Partindo desse pensamento, apresenta três níveis de leitura: sensorial, emocional e racional. O primeiro consiste no contato inicial do leitor com o texto, podendo assim, gerar prazer ou rejeição, dependendo da forma como o mesmo é apresentado. Fazer inferências e antecipar informações por meio de questionamentos, por exemplo, empolga o aluno a receber a obra. A leitura emocional trata-se dos sentimentos despertados no processo de compreensão e convivência com o texto. Depende também de como as expectativas são alcançadas no decorrer da leitura, norteando assim, as emoções causadas pelo enredo e obra. As questões para debate propiciam a espontaneidade da leitura, estimulam a interação e aumentam a criatividade do aluno. O último nível é baseado nas experiências do leitor, possibilitando-lhe ampliar o horizonte e o entendimento do texto e da própria realidade. Com as questões, almeja-se que os alunos percebam temas inerentes à história de maneira impositiva, mas de acordo com suas possibilidades.
...