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Resenha Bibliográfica Sobre Produção Textual

Por:   •  19/11/2018  •  Resenha  •  875 Palavras (4 Páginas)  •  240 Visualizações

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Resenha bibliográfica

Redação e Textualidade

        Redação e textualidade é o título do livro escrito por Maria da Graça Costa Val, graduada em Letras pela UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (1976), mestre em Língua Portuguesa pela UFMG (1987) e doutora em Educação pela UFMG (1996), e tem como objetivo levantar sugestões para o ensino escolar de redação. O livro é composto por seis capítulos divididos duas partes. A primeira trata dos pressupostos, algumas das noções mais relevantes sobre o que é um texto, e é composto pelo primeiro e segundo capítulo. A segunda parte trata do relato de uma análise que a autora fez de mais de cem redações.

O primeiro capítulo do livro fala sobre texto e textualidade, além de suas características. Para Costa Val, texto é uma “ocorrência linguística [...] dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal” (COSTA VAL, 1991:3). Já a textualidade é o “conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto” (COSTA VAL, 1991:5).  Neste capítulo, a autora destaca os fatores responsáveis pela textualidade: coerência (responsável pelo sentido do texto), coesão (responsável pela unidade formal do texto) e os fatores pragmáticos (intencionalidade[1], aceitabilidade[2], situcionalidade[3], informatividade[4] e intertextualidade[5]).

O segundo capítulo trata de como avaliar a textualidade e demonstra o entendimento da autora da coerência, coesão e informatividade como fatores centrados no texto. Sendo que, um texto coerente e coeso deve satisfazer a quatro requisitos: a continuidade[6], progressão[7], não-contradição[8] e a articulação[9], e um texto com informatividade é um texto que leva conhecimento ao recebedor, configurando-se como ato de comunicação efetivo.

No terceiro capítulo Costa Val fala sobre as condições de produção dos discursos avaliados durante a produção do livro. Esses discursos eram as redações que foram realizadas no vestibular de 1983 da UFMG, sendo parte da prova de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Os perfis dos autores das redações eram, em sua maioria, indivíduos entre 17 e 22 anos de idade que contribuíam com a renda familiar através do trabalho.

        No quarto capítulo, A coerência, a coesão e a informatividade: breve estudo quantitativo, a autora trata do texto a partir de uma análise quantitativa das infrações às condições de textualidades consideradas (coerência, coesão e informatividade). Nessa análise pode ser observada uma maior taxa de infração no quesito da informatividade: 87% das redações feriram a condição de imprevibilidade, e 65% a de suficiência de dados. O quesito coesão foi o que apresentou infração em um menor percentual de redações.

O quinto capítulo tem como objetivo explanar, a partir de uma análise qualitativa, sobre as infrações apontadas no capítulo anterior. Para demonstrar os problemas encontrados e que interpretação eles receberam, a autora apresenta a análise integral de alguns textos. Ao fim, a autora também apresenta alguns textos que estão entre os 10% que foram classificados como discursos com bom padrão de textualidade.

No último capítulo Costa Val apresenta uma tabela de análise global das cem redações a fim de estabelecer um paralelo entre a proposta de avaliação dela, que tem como critério apenas a textualidade, e os parâmetros usuais na atribuição de notas escolares, que além da textualidade avaliam a estruturação formal e gramática do texto.

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