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Resenha Crítica À Luz Da Obra “Helena” De Machado De Assis

Por:   •  17/5/2023  •  Resenha  •  732 Palavras (3 Páginas)  •  120 Visualizações

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Romance escrito por Machado de Assis, narra a história de Helena, protagonista da obra machadiana. A história tem início com a morte do Conselheiro Vale, que reconhece em seu testamento Helena como filha. Deixa ainda como recomendação, que seu filho Estácio e sua irmã D. Úrsula, recebam em sua casa a bastarda. A proposta é bem acolhida por Estácio, entretanto, D. Úrsula não gosta nada da ideia de receber em casa uma completa desconhecida.

O drama é iniciado com a chegada de Helena à casa do falecido pai, onde conhece a passa a conviver com o irmão e a tia. Estácio, que está noivo, se encanta com a irmã e sua personalidade forte e decidida, embora Helena seja de tão pouca idade. D. Úrsula trata a sobrinha com muita rispidez e indiferença, enquanto Helena faz de tudo para conquistar a confiança e o afeto de sua tia.

Dr. Camargo, grande amigo do falecido Conselheiro Vale e de sua família e pai de Eugênia, que é noiva de Estácio, faz de tudo para que sua filha se case com ele. Sendo ela sua filha única, move céus e terras para que os dois se unam em matrimônio. A chegada de Helena como mais uma herdeira do Conselheiro, é vista então por Camargo como uma ameaça, já que até então, o único beneficiário de toda herança do Conselheiro era Estácio.

Ao decorrer da história, Helena consegue ganhar a afeição de todos, inclusive de sua tia que nutre por ela um carinho muito grande. Estácio se admira cada vez mais com sua irmã, que com seu jeito firme e decidido, mas ao mesmo tempo doce e meigo é capaz de trazer resoluções a problemas que nem ele mesmo saberia resolver.

Em certo ponto da trama, Estácio acaba por perceber, através do Pe. Melchior, seu diretor espiritual e grande amigo da família, que esse amor que sente em demasiado por sua irmã, se trata de um amor afetivo, o que seria um escândalo, pois eram irmãos. Esse fato deixa Camargo ainda mais preocupado, pois ele sabia uma verdade que até então, ninguém sabia.

Estácio fica muito angustiado e começa a sentir culpa por carregar dentro de si um amor que nunca poderia acontecer, afinal, eram irmãos. Helena reluta muito até admitir que também está apaixonada pelo irmão. Ao fim, todos acabam por descobrir que na verdade Helena foi apenas criada pelo Conselheiro, que vivia uma vida dupla, ora com a mãe de Estácio, ora com a mãe de Helena, que quando conheceu o Conselheiro, já a tinha por filha.

Sendo assim, Helena foi criada pelo Conselheiro quando pequena, mas não era sua filha de sangue, e sim de consideração. Já não existia vínculo sanguíneo entre Estácio e Helena, que finalmente poderiam viver seu romance. Contudo, Helena é acometida por uma doença e ao fim da trama morre, o que deixa Estácio desolado. Agora já não existiam mais motivos para que Camargo se preocupasse. O caminho finalmente estava livre para que sua filha se casasse com Estácio.

Percebe-se que a obra relata um universo que no contexto daquela época e ainda nos dias atuais é considerado como tabu. Em pleno século XIX, Machado traz em sua obra assuntos que certamente fizeram com que a sociedade se espantasse e ao mesmo tempo tivesse interesse em ler e saber como a história se findaria.

Certo é que, com todo drama envolto na trama, isso acabou gerando nos leitores uma curiosidade para descobrir o que viria no próximo capítulo, e isso Machado fazia com maestria. Em todas as suas

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