Resenha Morte ou Transfiguração do Leitor
Por: Andresa Romao Delmondes • 7/3/2019 • Resenha • 771 Palavras (4 Páginas) • 1.091 Visualizações
MORTE OU TRANSFIGURAÇÃO DO LEITOR?
O “Texto Morte ou Transfiguração do Leitor?” foi escrito pelo autor Roger Chartier e trata das práticas de leitura e da criação literária, apontando uma determinada “crise” no âmbito da leitura e escrita por consequência da evolução tecnológica como ele expressa em (2002, p.105) “Numa terceira perspectiva, a morte do leitor e o desaparecimento da leitura são pensados como a consequência inelutável da civilização da tela, do triunfo das imagens e da comunicação eletrônica”. É notório que o meio acadêmico sempre foi um grande movimentador de recursos e de produções literárias e que atualmente usa indispensavelmente a tecnologia nessas produções, mas que é algo que tem diminuído com o passar dos anos pela facilidade de acesso a informação de maneira gratuita, sem ter de carregar o peso dos materiais e/ou livros dentro do material que o professor disponibiliza, entretanto a valorização de títulos neste meio influencia na qualidade das produções textuais, sendo muitas vezes algo pouco inovador.
Conforme o texto percebe-se que o meio acadêmico têm usado do artifício da fotocópia, podendo também ser retirar esses conteúdos na internet, para a leitura de livros, notícias e revistas. O que cria conflitos entre as editoras que publicam os escritos, que naturalmente deixam de lucrar com a venda de destes, e os autores que desenvolvem os textos e têm sua obra circulando de maneira desmedida. Entretanto, a solução observada pelo autor é a coexistência dos suportes, pois por mais que a existência desses “grandes leitores” seja pequena, ainda existem àqueles que optam pelo suporte do livro, revista, jornal, contrapondo com aqueles que acessam a tudo isso apenas por um único suporte seja ele via celular, computador, tablets, etc. Ele coloca a possibilidade de uma possível cobrança pelo acesso desses textos online de maneira que controle o acesso daqueles que fraldam as obras e viabilizam o acesso de forma gratuita sem nenhuma permissão e viabilize o acesso online podendo compensar os recursos que a comercialização destas obras não conseguem alcançar o público. Entretanto essa cobrança no acesso de conteúdo online pode ser beneficiária para as editoras e preservar os direitos autorais no caso dos autores, mas existe a possibilidade de diminuir consideravelmente a quantidade de leitores, pois o habito de ler já foi ultrapassado por diversos outros hábitos como por exemplo o de assistir programas de televisão, filmes, ir ao cinema, tornando-se secundário e obrigatório apenas nos casos de serem usados em temas de aplicados em aula para fomentar e embasar discussões.
Outra problemática que é pertinente no texto é a facilidade com que textos são produzidos e publicados online, qual é a qualidade do tipo de material produzido no universo da Web atualmente? Chartier coloca:
“Mas o livro eletrônico deve definir-se em reação às práticas atuais que muitas vezes se contentam em pôr na Web os textos brutos que não foram nem pensados, em relação à nova forma de suas transmissões, nem submetidos a nenhum trabalho de correção ou de edição. Defender a utilização das novas técnicas postas a serviço da publicação dos saberes significa, portanto,
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