Resumo do Rexto Poesia e Pensamento Abstrato, de Paul Valéry
Por: Gabriel Meira Varella • 5/4/2022 • Ensaio • 352 Palavras (2 Páginas) • 151 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
GABRIEL MEIRA VARELLA
Resumo do texto “Poesia e pensamento abstrato”, de Paul Valéry
Curitiba
2021
No texto, o autor introduz a discussão questionando a dicotomia estabelecida entre a poesia e o pensamento abstrato, as fundações desse raciocínio, sua origem e possíveis explicações para a existência do mesmo. Valéry critica a simplicidade e falta de aprofundamento desse pensamento e também cita as diferenças de tratamento da literatura como objeto de análise em relação a outros assuntos, como há a crença de que a poesia não deve ser pensada de forma tão crítica quanto as outras expressões artísticas. 111 O autor conclui suas ideias sobre o que constitui o conceito do poeta e da poesia, e elabora seus argumentos por meio de exemplos práticos, citando os processos por qual o poeta passa em sua produção, como suas experiências próprias: em seu poema “O Cemitério Marinho”, a composição começou por meio de um ritmo, e o autor veio a elaborar a forma posteriormente, já no poema “A Pília”, a sonoridade foi a primeira etapa na construção da obra. E como isso tudo se relaciona com o pensamento abstrato, conceito intrinsicamente essencial para a compreensão da literatura. 111 (COLOCAR ISSO AQUI COMO ULTIMO PARAGRAFO). Valéry defende a importância da experiência na elaboração de discussões como essa, em contraste à dicotomia simplista, e como a fundação de tais discussões reside na linguagem, citando também a relevância das questões da abstração na compreensão de um objeto, ele expõe essa lógica ao propor um exercício: ao observar uma palavra qualquer, empregada na linguagem funciona de forma ideal, sem gerar estranheza, porém, ao isolar tal palavra e analisa-la por si só, ela apresenta uma resistência, pois impede sua definição própria, o autor escolhe a palavra “Tempo” e conclui, como esse raciocínio mostra que, ao passar de meio para fim, a palavra se transforma em algo misterioso, impossível de ser decifrado. Esse fenômeno mostra uma certa efemeridade inerente às palavras e leva Valéry a concluir que é necessário ter velocidade na compreensão desse material verbal, sem oprimir as palavras, a fim de evitar a sua transformação em objeto misterioso sem solução.
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