Resumo luciola
Por: huehuehue123qwe • 20/9/2015 • Resenha • 893 Palavras (4 Páginas) • 973 Visualizações
Escrito pelo autor José de Alencar, o livro Lucíola pertence ao movimento Romancista em sua primeira geração no Brasil. A Obra intitulada Lucíola teve esse nome dado possivelmente pela Sra. G.M., a responsável por transformar a história do romance entre Paulo e Lúcia contada a ela através de cartas no livro, tem esse nome explicado no prólogo do livro: “Lucíola” seria um inseto que vive na escuridão à beira dos charcos, e que brilha com uma luz muito intensa. Assim, esse inseto seria como Lúcia, que vive dentro da escuridão, mas que conserva dentro de si uma alma pura.
A história é narrada por Paulo, que também é um personagem, mas claramente conseguimos ver a diferença entre Paulo-narrador e Paulo-personagem, pois enquanto narra não apresenta críticas em relação ao que acontece, não olha os acontecimentos de um ponto de vista superior, ele somente os vive, narrando em primeira pessoa, limitando-se somente à perspectiva do Paulo-personagem.
Paulo um homem boêmio ao chegar ao Rio de Janeiro encontra Lúcia, uma cortesã, e logo de cara se interessa muito pela mulher, ele vê um grande potencial nela decide começar a visita-la com frequência. Logo em sua segunda visita a casa dela eles têm seu primeiro contato íntimo. No dia seguinte são convidados a uma festa, na qual Lúcia se exibe nua para todos os presentes. Paulo primeiramente não gostou nada da cena que presenciou. No entanto, mostrou-se piedoso e compreensivo e na mesma noite deixaram a emoção fluir em meio a mata. Desse ponto em diante Lúcia começa a se transformar.
Lúcia vê Paulo como um caminho para se salvar, redimir seus pecados de sua vida mundana. Busca se afastar de seus hábitos e do meio social no qual vivia. Nessa tentativa muda-se com sua irmã mais nova Ana para uma casa pequena e simples no interior. Nesse ponto, o casal Paulo e Lúcia não mais copula, eles vivem um amor espiritual. Até uma doença chega a fingir para evitar contato com seu amado. É nessa passagem em que ela confidencia o motivo pelo qual levava sua vida de cortesã – conta sobre seu primeiro cliente, Couto, quando sua família estava com febre amarela e sem dinheiro para o tratamento. E revela finalmente seu nome verdadeiro: Maria da Glória. O nome Lúcia foi “herdado” de uma amiga que morreu.
Com isso podemos identificar Maria da Glória representando o clássico estereótipo da mulher ideal romântico, uma mulher angelical, doce, insegura e apaixonada. Ao invés da mulher independente, sensual, fatal que demonstrava quando se autodenominava Lúcia.
O ápice da redenção de Lúcia acontece quando a mesma descobre sua gravidez, e a rejeita, vê aquilo como um resquício de sua vida de cortesã, um fruto de sua imoralidade com Paulo. Ela morre grávida, acreditando assim que poderia se unir eternamente espiritualmente após sua autopunição. Paulo cuida de sua irmã Ana até que a mesma se case, a pedido de Lúcia.
Conclusão
Um livro de retrata e critica a realidade da sociedade da época de uma maneira não muito usual se for levado em consideração o contexto histórico, a segunda metade do século XIX, no qual a sociedade pregava a pureza da mulher e a cortesia do homem. Compactua bem com o estilo de Alencar, que usava suas obras para mostrar sua visão crítica, diferentes de outros autores do mesmo período, sendo assim duramente atacado pelos críticos da época.
Uma história rápida de se ler por ser contada de maneira dinâmica pelo modo como foi desenvolvida a narração. Foi uma ótima experiência, devido ao fato de durante a leitura, podermos ver o quão ácido e genial era o autor para a época, descrevendo as relações humanas de maneira realista, fugindo um pouco das características romancistas da época.
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