Romantismo

ISF

INSTITUTO SAGRADA FAMÍLIA

WENDYANNY TEIXEIRA DE PAIVA

2° ANO – TURMA - A

PROFESSOR: JÚLIO BALISA

NATAL; 31 DE MARÇO DE 2015.

Dia de glória dos filhos da pátria e o nascimento do cidadão

Após a queda da bastilha, do estouro da revolução francesa e do fim do século das luzes, o perfil político, social, e cultural da Europa mudou. O novo personagem na cena europeia é o povo, pessoas normais que fazem a história pela força de seus braços e pela convicção de seus ideais.

Em 1789 foram aprovados, na França os artigos da nova constituição, que resumia os direitos básicos da sociedade moderna, influenciado pelos principais filósofos iluministas e pelo texto de declaração da independência dos Estados Unidos, identificando sempre, o desejo de autonomia da burguesia.

Após anos de sofrimento, o homem comum tem sua liberdade e igualdade afirmada, ele é agora, um cidadão, súdito de leis que asseguram seus direitos

O romantismo: a força dos sentimentos

O movimento romântico surge quando o burguês sente a necessidade de criar as suas próprias referências artísticas, no qual, sejam reconhecidas as diferenças da forma artística da nobreza que foi deposta. Ele tende a romper a estética árcade, interpretando a realidade pelo filtro da emoção. Definindo então, os princípios da nova produção artística.

A estética romântica substitui a exaltação da nobreza, pela valorização do indivíduo e de seu caráter. O artista elogia o esforço individual, a sinceridade e o trabalho. Mostrando não físicos perfeitos, mas a verdadeira face daquela pessoa que trabalha e que luta, e aquilo que ela realmente sente.  Passando por meio de obras artísticas, pouco a pouco, modelos de comportamento social.

Projeto literário do romantismo

        O filósofo que inspirou boa parte dos princípios românticos foi Jean-Jacques Rosseau. O primeiro passo do processo para o projeto literário do romantismo é a valorização do indivíduo e da sua complexidade emocional.

 Eles também precisavam divulgar os valores burgueses: Seus trabalhos, esforços e sacrifícios, ou seja, exaltar a importância do trabalhador, se encaixando mais uma vez na ideia de valorização do indivíduo.

Os românticos também procuravam exaltavar em suas obras de arte e obras literárias a pátria e os símbolos nacionais. Provavelmente também pelas suas lutas e batalhas travadas para a sua independência.

Os agentes do discurso e a relação entre o romantismo e o público

        Durante o romantismo, o contexto de produção modifica-se bastante, o desaparecimento dos mecenas contribui para a profissionalização dos artistas.

Nos séculos XVII e XVIII, os leitores eram muito limitados, normalmente os leitores eram apenas nobres e outros escritores, impossibilitando os artistas de viverem de sua arte. Porém, a partir do romantismo, com a possibilidade de publicação e grande circulação dessas escrituras por meio de jornais e revistas, o alcance da literatura passa a ser mais amplo, fazendo com que os escritores possam viver de sua arte. Por esse motivo, eles procuravam conciliar seus dois objetivos: Divulgar os valores da burguesia e divertir seus leitores

        É estabelecida uma nova relação entre o escritor e o leitor. O público é outro, totalmente diferente dos anteriores. Burgueses que não contam com a mesma formação, ou conhecimento dos nobres que vivem em salões da Corte, ou no ambiente restrito das academias e das arcádias. Esse novo público prefere uma linguagem mais direta, passional que não se ligue diretamente aos padrões da herança literária.

        Os escritores, procurando atender a essas exigências do atual público, procuravam utilizar uma linguagem mais comum, e escreviam histórias cheias de aventuras, a fim de atender aos gostos dos leitores, tornando a leitura um momento de diversão e entretenimento, para que conseguissem sobreviver de sua arte literária.

A exaltação da imaginação e dos sentimentos

        O romântico acredita que a imaginação é bem maior que a beleza e a razão, pois ela desconhece os limites, substituindo então a imitação pela originalidade.

        O olhar de artista para o mundo era igual, algo comum, todos os artistas falavam por meio de suas artes, que o mundo era de um jeito só, o jeito visto pelos nobres, pessoas que tinham tudo aos seus pés. Porém, os românticos viam o mundo de formas diferentes, assim, suas obras demonstravam suas emoções, e sua individualidade, trazendo mais diversidade para o público.

A fuga do presente e da realidade

        O autor romântico escreve para uma sociedade que valorizava os processos racionais e as posturas coletivas, por advir de filósofos iluministas. E era dessa mentalidade que eles queriam mudar, por que de certa forma o sentimento de desajustamento social é verdadeiro e nasce do confronto entre os valores que defende, centrados no subjetivismo e na emoção.

        E nesse contexto, a morte passa a ser vista como uma fuga do real, por isso é idealizada. Ela se manifesta como uma opção de alívio para os males do mundo, ou para o encontro definitivo dos amantes, separados por obstáculos da realidade.

        Claro que além da morte existem outras fugas para os amantes, como o mundo dos sonhos, nele o escritor projeta suas utopias, tanto pessoais como sociais. As duas formas de fuga, são vistas pelo escritor como uma forma de ser aceito em algum lugar, acolhe esse indivíduo que se sente deslocado da sociedade em que vive.

 

Os Filhos de uma mesma nação

        O Nacionalismo é uma das mais importantes características do romantismo. Após as transformações políticas, o indivíduo percebe que a soberania só existe por que ela tem um povo, ela não deriva de si mesma, ela deriva de uma população. A partir desse novo pensamento o indivíduo passa a ser visto como um cidadão de uma pátria.