TG Estudos disciplinares VI
Por: geangpx • 25/11/2015 • Trabalho acadêmico • 620 Palavras (3 Páginas) • 1.419 Visualizações
Texto II
Homem 1: Os homi estão doido...
Homem 2: Pru quê?
Homem 1: Andaru fazenu coisas besta cum dinhero do povo. Fizeru lambança.
Homem 2: E nóis só padece, cumpadi.
Com base no conceito de Sociolinguística, apresentado no texto I, e no diálogo
(texto II), como você analisa o uso linguístico concreto dos falantes 1 e 2?
Com base na leitura dos textos e dentro da perspectiva da
sociolingüística nota-se a predominância dos falares rurais brasileiros, o
dialogo que se segue no texto II evidencia características do dialeto caipira.
Identificam-se vários processos lingüísticos no texto II, característicos da
variação diastrática unida à diatópica, pois diz respeito a pessoas não
escolarizadas e que vivem na zona rural.
Plano fonológico
a) Desnasalização - constituído pela ausência do fonema /m/ no
substantivo “homem” e nas formas verbais “andaru” e “fizeru”. Esse tipo de
variação é típico não só das áreas rurais, como também está presente entre as
camadas mais pobres e incultas da população.
b) Metátese - o r altera seu lugar na sílaba, ao invés de seguir a vogal,
ele a antecede: “Pru quê?”;
c) Monotongação - em “dinhero” a redução de ei para e se dá pelo
contato com a consoante seguinte ao ditongo;
d) Ditongação - a ditongação do pronome ‘nós’ – realizado como “nóis”
no dialogo;
e) Neutralização do /o/ e /u/, mudança que ocorre geralmente nos
vocábulos cuja sílaba inicial é com – como em “cum” e “cumpadi”.
Plano morfológico
O plano morfológico reúne observações relativas à formação de
palavras, ao gênero, número e grau dos nomes e às flexões verbais. Dentre as
peculiaridades registradas, destaca-se:
a) O adjetivo freqüentemente ocorre sem flexão: “Os homi estão
doido”, “Andaru fazenu coisas besta cum dinhero do povo”.
Plano sintático
a) Ausência de concordância nominal - a tendência de ocorrer à
marca de plural apenas no determinante é característica do dialeto caipira,
como
...