TRABALHO ESTUDO DO TEXTO I
Por: Selma L. M. Marimon • 1/8/2019 • Trabalho acadêmico • 891 Palavras (4 Páginas) • 257 Visualizações
ESTUDOS DO TEXTO I
Atividade Avaliativa 2° Bimestre
Música Pra Não Dizer que Não Falei das Flores
Autor e Intérprete: Geraldo Vandré (1968)
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz à hora, não espera acontecer
Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz à hora, não espera acontecer
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz à hora, não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
O período da ditadura militar, no qual existia muita repressão, a música foi composta por várias figuras de linguagem, figuras que serviam para despistarem os políticos e a ditadura da década de 60, já que qualquer canção fora de contexto partiria para perseguição, exílio ou morte. A música fala de um canto da população numa só voz, em revolta por toda violência e silenciamento do povo, que era hora de levantar e fazer a mudança que se esperava acontecer.
A música era, então, utilizada como uma boa ferramenta de combate, que pretendia divulgar, da forma direta mensagens de princípios e de revolta. A letra é uma clara referência usada em passeatas, protestos e manifestações contra o regime, que se espalhavam pelo país no ano de 1968. Na primeira parte os verbos usados “caminhando e cantando” nos transmite determinada imagem de manifestação ou um protesto público. Nela, os cidadãos são “todos iguais”, não tendo relação entre si.
O autor pretendia manifestar nos substantivos "escolas, ruas, campos, construções", que indivíduos de todos os níveis sociais e com ocupações e interesses diversos, estavam juntas e buscavam a mesma causa. Era evidente na vontade da sociedade em se unirem, pois certamente queriam a mesma coisa: a liberdade.
No refrão, a relação em que o ouvinte, com conhecimento sobre o tema de lutas diárias, começa perceber ao longo da música repetições e apelo, a uma ação/união de mudança. Com o uso de conjugações como (“vamos embora”), prepara um aspecto coletivo à ação, lembrando que seguiriam juntos no combate. E ao afirmar que “esperar não é saber”, o autor ressalta que quem
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