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UMA ANÁLISE LITERÁRIA NAS POESIAS RITMOS DE INQUIETA ALEGRIA DE VIOLETA BRANCA

Por:   •  15/3/2017  •  Artigo  •  2.987 Palavras (12 Páginas)  •  902 Visualizações

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UMA ANÁLISE LITERÁRIA NAS POESIAS RITMOS DE INQUIETA ALEGRIA DE VIOLETA BRANCA

A LITERARY ANALYSIS IN THE POESIAS RITMOS OF RESTLESS HAPPINESS OF VIOLET WHITE

Elainy Rodrigues Barbosa [1]

Liene Silva da Costa[2] 

Resumo: Este artigo se insere na área de estudos de literatura amazonense, tem por objetivo fazer uma análise de alguns trechos da obra poética Ritmos de Inquieta Alegria, da escritora amazonense Violeta Branca, que aborda os seguintes aspectos: as temáticas apresentadas pela autora; o contexto histórico; o discurso poético; teorias literárias tais como: teoria da recepção e perspectivas de Calvino presentes na obra. E dessa forma, mostrar que as poesias de Violeta Branca, poetisa amazonense ganhou destaque na literatura amazonense, tem características modernistas e seu trabalho é de uma qualidade ímpar.

Palavras-Chave: Ritmos de inquieta alegria; Violeta Branca; Modernismo; Análise.

Abstract: This article is included in the area of ​​Amazonian literature studies, it aims to make an analysis of some excerpts of poetry Rhythms Uneasy Joy, Amazon Violet White writer who covers the following aspects: the themes presented by the author; the historical context; poetic discourse; literary theories such as reception theory and perspectives of Calvin present in the work. And in this way, show that the White Violet poetry, poet Amazon gained prominence in the Amazonian literature, has modernist features and their work is of a unique quality.

Keywords: Rhythms of restless joy; Violet White; Modernism; Analysis.

Introdução

A literatura é uma forma de expressão do sentimento do poeta seja oral ou escrita que é transmitida de forma bem subjetiva. Pela sensibilidade, o poeta, refrata uma carga de emoção que não deve ser confundida com apenas um jogo de palavras, mas que traz por meio do poeta uma linguagem carregada de impressões pela qual o leitor faz uma “viagem” através das palavras.

Este trabalho tem como justificativa o interesse em mostrar a participação de uma poeta modernista no cenário brasileiro salientando a importância dessa poeta para a região norte, pois sabe-se que ao se falar de modernismo brasileiro sempre remete-se ao trabalho de outros autores renomados e presentes em livros de literatura.

Violeta Branca faz parte do modernismo da Literatura Amazonense, a primeira parte do artigo traz informações sobre a autora, mostrando a importância para o modernismo da região norte. Na segunda parte discute-se os conceitos e autores que já pesquisaram sobre os trabalhos de Violeta Branca bem como os fundamentos teóricos e na terceira parte abordará a análise de algumas poesias.

O trabalho de Violeta Branca expressa sentimentos através das imagens, de pessoas amadas que ficam nos pensamentos e lembranças, marcas de sentimentalismo deixando visível as dores, as ilusões e as desilusões amoras. Portanto, a autora deixa grandes marcas na Literatura Amazonense por suas poesias fantásticas englobando belíssimas imagens de sentimentalismo e sensualismo, por isso, é considero uma das representantes maiores do Modernismo, pois,

Em sua obra encontramos o verdadeiro sentimento simbolista, a procura desesperada de respostas para questões de natureza existencialista. Com uma linguagem moderna, livre dos vícios dos simbolistas superficiais, a poesia de impressiona pela construção, no leitor, de sentimentos de desolação, desconsolo e angústia profundos. (ABAURRE, 2005, p. 83).

Com base nessa citação, fica visível as marcas de sentimentalismo amoroso, a busca de um caminho que levem a uma solução por meio do existencialismo. Tal afirmação faz parte da inspiração do trabalho da autora na sua obra Ritmos de Inquieta Alegria. É necessário dizer que as imaginações e os sentimentos são visões dos autores modernistas, posso dizer que eles não veem o papel, a caneta e sim os elementos que sugere coisas.

Ritmos de Inquieta Alegria, o primeiro livro publicado com características modernistas da Literatura Amazonense tem a intenção de mostrar a questão do sensualismo, tendo a leveza em abordar os temas para não transparecer aquele sentimentalismo piegas do Romantismo. A análise que será apresentada visa despertar no leitor um interesse pela leitura das poesias de Violeta Branca da Literatura Amazonense. Pois, uma leitura, informa, transforma, faz conhecer e reconhecer o mundo, cria e recria, forma e aprimora conceitos. Pois uma sociedade sem leitura torna-se apenas um objeto de manipulação, facilitada pela ignorância.

A ideia de desenvolver essa análise é de provocar, despertar e aguçar a curiosidade do leitor que venha contribuir para a formação e aproximação com a poesia, de certo não se faz um leitor por acaso, cada obra traz uma história a qual ganha vida, espaço e novas interpretações conforme suas releituras.

Este estudo pauta-se na necessidade de se compreender a visão da poetisa Amazonense a respeito do amor, uma vez que cada pessoa o vê de maneira diferenciada, mas ao mesmo tempo seguem padrões semelhantes. Este trabalho pretende lançar um olhar investigativo-analítico acerca de como o amor é retratado pela obra desta poetisa, partindo do pressuposto de que a literatura é reflexo da sociedade da qual pertence.

O domínio completo da imaginação, a instauração da total liberdade de associação de palavras, de imagens, de sons (sem, contudo, geralmente, se abdicar de uma fidelidade profunda ao real), a libertação do discurso poético são, em suma, as melhores características do século XX.

Nesse sentido, a poesia Amazonense, sobretudo as obras produzidas por mulheres, caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito, vendo dessa forma o amor com veemência passional na linguagem poética, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, muitas vezes eróticos.

Como objetivo geral da pesquisa é mostrar a maneira como o amor é retratado nas obras elaboradas pela poetisa amazonense Violeta Branca.

Sobre a Autora

A poetisa Violeta Branca Menescal de Vasconcelos, ou simplesmente Violeta Branca, nasceu em Manaus, no dia 15 de setembro de 1915. Em 1935, aos 19 anos, publicou seu primeiro livro de poesia, Ritmos de Inquieta Alegria, obra com características modernistas, que mereceu uma apreciação entusiasmada do intelectual paulista Rodrigo Octávio e boa acolhida por parte da crítica, pelo lirismo e vivacidade no tratamento dos temas. Esse livro foi relançado em 1998 com a coleção Resgate, pela editora Valer. Dois anos depois, Violeta casa-se e muda-se para o Rio de Janeiro, mas continua publicando seus poemas na revista amazonense A Selva, nos anos 37-38, dirigida por Clóvis Barbosa (1904-1989), destacado intelectual da época. Estranhamente, somente após 47 anos, em 1982, publicou Reencontros - Poemas de Ontem e de Hoje, seu segundo e último livro.

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