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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE LETRAS DALCÍDIO JURANDIR CURSO DE LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA

Por:   •  30/7/2021  •  Trabalho acadêmico  •  572 Palavras (3 Páginas)  •  208 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE LETRAS DALCÍDIO JURANDIR CURSO DE LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA

Aluna: Débora Dos Santos Farias

  O etnocentrismo é uma visão de mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores visto como a dificuldade de pensarmos a diferença. Assim a colocação central do etnocentrismo pode ser expressa como a procura de sabermos os mecanismos, formas, caminhos e razões, enfim pelos quase tantos e tão profundas distorções se perpetuam nas emoções, pensamentos, pensamentos, imagens e representações que fazemos da vida daqueles que são diferentes de nós. Como uma espécie de pano de fundo da questão temos a experiência de um choque cultural. Pois de um lado temos o “eu” ou “nosso” com similaridades, e por outro lado o “outro” que é “diferente”. Esse choque gerador do etnocentrismo nasce, na constatação das diferenças, a grosso modo, um mal-entendido sociológico. O que importa realmente neste conjunto de ideias, é o fato de que, no etnocentrismo, uma mesma atitude informa os diferentes grupos. Tem-se no âmbito do etnocentrismo, a verdade de que as culturas traduzem nos termos de sua própria cultura o significado das coisas. O etnocentrismo passa exatamente por um julgamento de valor da cultura do “outro” nos termos da cultura do “eu”. Nossas próprias atitudes frente a outros setores sociais com os quais convivemos nas grandes cidades são, muitas vezes, repletos de resquícios de atitudes etnocêntricas. Rotulamos e aplicamos estereótipos através do qual nos guiamos para o confronto cotidiano com a diferença. Mas existem ideias que contrapõem ao etnocentrismo. Uma das mais importantes é a relativização. Quando vemos que as verdades da vida não são menos uma questão de essência das coisas e mais uma questão de posição. Quando compreendemos o “outro” nos seus próprios valores e não nos nossos, isso é relativizar, que é ver as coisas do mundo como uma relação capaz de ter tido um nascimento, capaz de ter um fim ou transformação. O evolucionismo foi o primeiro eixo sistemático de pensamento sobre o “outro” dentro da antropologia. O século XX traz à antropologia um conjunto vasto e complexo de novas ideias formuladas por um grupo brilhante de pesquisadores. A antropologia consegue, hoje ver que as sociedades diferentes podem ter concepções da existência tanto diversas entre si quanto igualmente boas para cada uma. O antropólogo obrigado a estudos síncronos, tem de viajar. Tem de ir morar, experimentar a existência junto com o “outro”. Conhecer a diferença, experimentando-se a si próprio como diferente. Do etnocentrismo à relativização a antropologia foi criando seus instrumentos de abertura. Ideias, métodos, teorias de compreensão da diferença foram fazendo das sociedades do “outro” um espelho para a sociedade do “eu”. O etnocentrismo está calcado em sentimentos fortes como o reforço de identidade do “eu”. Possui, no caso particular da nossa sociedade ocidental, aliados poderosos. Para uma sociedade que tem o poder de vida e morte sobre muitas outras, o etnocentrismo se conjuga com a logica do progresso, com o desejo da riqueza, com crença num estilo de vida que exclui a diferença. Mas a “diferença” é generosa. Ela é o contraste e a possibilidade de escolha. É alternativa, chance, abertura e o projeto no conjunto que a humanidade possui de escolhas de existência. Enfim, a ida ao “outro” se faz alternativa para o “eu” e o “outro” se podem olhar como iguais.

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