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Urupês - trabalho de literatura

Por:   •  6/4/2016  •  Seminário  •  1.853 Palavras (8 Páginas)  •  2.798 Visualizações

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Escola Estadual Domingos Pinto Brochado

Erick Carmo

Bruno Reis

Carlos Lucas

Thiago Martins

Allan Melo

Mickael Lucas

Augusto Mayrink

Unaí, 04 de Abril de 2016

“Urupês”

Monteiro Lobato

Índice

Introdução ............................................ 3

Enredo .................................................. 4

Narrador ............................................... 6

Personagens .......................................... 7

Tempo ................................................... 8

Espaço .................................................. 10

Conflito ................................................ 12

Clímax .................................................. 13

Desfecho .............................................. 14

Conclusão ............................................ 15

Bibliografia .......................................... 16

Introdução

Este trabalho apresenta uma análise dos contos “O comprador de fazendas” e “Urupês”, de Monteiro Lobato, um autor extremante conhecido e elogiado por outros autores e leitores brasileiros. A análise dos dois contos foi dividida apresentando o enredo, o tipo de narração, os personagens, o tempo, o espaço, o conflito, o clímax e o desfecho de cada conto, sendo em primeiro plano apresentada a análise do conto “O comprador de fazendas” e logo após a do conto “Urupês”. As análises contêm também citações para melhor entendimento das mesmas.

Enredo

“O comprador de fazendas”

David Moreira de Souza comprou uma fazenda convicto de um negócio da china, mas a bendita fazenda já arruinara 3 donos , mas com o tempo ia só desanimando, nada ali vingava, as mandiocas bracejava a meras varetinhas, o gado que era posto ali rapidamente emagrecia a ponto de mostrar as costelas e se enchiam de bernes ate mesmo a cana caia assumia aspecto de caninha.

Muitos já tentaram comprar a tal fazenda, mas sempre torciam o nariz na bendita hora. Até que veio um engenhoso plano de adubar os cafezais transplantar arvores que só davam em terra boa inclusive um pau-d’alho trazido de uma terra roxa.

Nesse meio tempo lhe aparece Pedro Trancoso um moço aparentemente rico, bem sucedido e que demonstrava interesse na propriedade apenas para recreio próprio. Em meio às andanças pela propriedade Trancoso apenas alimentava seu interesse na compra e ainda ficou maravilhado com o tal pau d’alho q ali vira, mas interessado mesmo estava ele a filha de Moreira, a bela Zilda.

Trancoso depois de andar toda a fazenda avaliando a decidiu compra-la por muito mais que Moreira queria pedir, e partira dali levando o melhor cavalo da fazenda e outros presentes entregues por Dona Isaura, era de se esperar que ele voltasse com o dinheiro em uma semana, mas o tempo passava e nem sinal de Trancoso ate que Moreira decide enviar uma carta a um amigo na cidade pedindo informações sobre o tal comprador, o amigo responde imediatamente a carta dizendo q n existia nenhum Trancoso por aquela região que existia apenas um o Trancosinho, filho da Nhá Veva, vulgo Sacatrapo, que vivia de fazenda em fazenda fingindo interesse nas propriedades e vivendo a custo dos proprietários.

Moreira aflito e com muita raiva rasga a carta e jura vingança ao tal Trancoso. No tempo que Trancoso ficou fora acabou por sorte ou acaso do destino ganhando na loteria e lembrando se da doce Zilda decide voltar e comprar a fazenda, antes envia uma carta a Moreira que vendo sua chance de vingança o espera preparado para dar o troco.

Quando Trancoso chega à fazenda mal desceu do cavalo e já foi tomando nas costas chibatas de rabo de tatu de Moreira e seu filho com medo sai correndo entre galhos e pedras arremessados em sua direção e da janela com os olhos cheios de lagrimas Zilda via o gentil cavaleiro ir embora com todos os seus sonhos. E naquele dia Moreira perdeu de fato a única chance de vender maldita fazenda.

“Urupês”

O conto Urupês não é uma historia. Na verdade, nessa obra, Monteiro Lobato descreve de uma maneira crítica, o modo de vida e a sociedade no sertão nordestino e do caboclo do interior.

Nas primeiras décadas do século XX, havia um sentimento revoltoso da população contra os problemas sociais enfrentados pelas camadas brasileiras mais pobres, devido à má gestão política do país. Foi nesse período que vários artistas criaram obras críticas que por certo contradiziam a visão do romantismo e demonstravam a realidade brasileira.

Em Urupês, Monteiro Lobato faz uma referência ao sujeito do interior, o “novo índio”, como ele deixa a entender, o chamado “caboclo”. Ele cria o personagem Jeca Tatu, para representar essa figura.

Começa o conto colocando de frente Jeca com o personagem índio Peri, de José de Alencar. Peri era para Alencar, um protótipo da perfeição humana, e Lobato coloca Jeca como exatamente o oposto disso. Mas caracteriza os dois como parecidos no sentido de orgulho e valentia. Ao longo do conto, Lobato vai desleixando suas ideias sobre o viver de Jeca. Um sujeito pacato, preguiçoso por natureza, que defende o mais simples como sempre o melhor. Era de fato tão indolente que sua posição corporal mais usada era de cócoras. Se vendia algum produto na feira, era apenas algo que a natureza o podia oferecer sem necessitar de trabalho por parte dele. Não se importava ou preocupava-se em melhorar sua casa de sapé, em buscar entendimento sobre qualquer coisa. Mas adorava votar, nem se quer sabia em quem votava, mas votava com orgulho. Era extremamente supersticioso, se a medicina oferecia uma cirurgia, para ele, havia sempre um método de crendice eficaz e melhor. Não usava talheres, pois a munheca era mais servil, não se metia a colocar sequer quatro pernas em um banco, pois isso o obrigaria a nivelar o chão, então se limitava a colocar apenas três. De comida da terra só precisava da mandioca, do milho, e da cana. Com isso já sobrevivia.

Esse era o caboclo, a imagem real do ser idealizado no romantismo.

“Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade!”

Narrador

“O comprador de fazendas”

A narração é predominantemente em 3ª pessoa, sendo um narrador onisciente intruso, (característica da maioria dos narradores de Monteiro Lobato), mas que apresenta diálogos também em 1ª pessoa.

Exemplos:

Narrador em 3ª pessoa:

“Pior fazenda do que a do Espigão, nenhuma. Já arruinara três donos, o que fazia aos preguntes: Espiga e que aquilo e!”

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