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VINÍCIUS DE MORAES: VIDA E OBRA

Por:   •  28/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.740 Palavras (7 Páginas)  •  402 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Nesse trabalho iremos falar sobre Vinicius de Morais, poeta essencialmente lírico, conquistador, e que morreu em julho de 1980.buscando compreender toda sua trajetória de vida. Marcus Vinícius de Mello Moraes foi um poeta e compositor brasileiro. Também atuou como dramaturgo e diplomata.

Vinícius de Moraes passou a vida rompendo convenções sociais. Passou da poesia culta para a popular, misturando ritmos brancos com negros, samba com candomblé e o comportamento aristocrático com o boêmio.

Portanto seu objetivo é situar fatos marcantes da vida de Vinicius, especialmente as obras. Seu estilo literário. Além disso, fazer uma biografia de Vinicius de Moraes não seria tarefa fácil, pois Vinicius de Moraes viveu um emaranhado de identidades que se confirmam, se contradizem e se desmentem, e que podem ser encontradas, quase sempre tortas e desconexas, ao longo de sua biografia.

2.VINICIUS DE MORAES: NOTAS BIOGRÁFICAS

Vinicius de Moraes foi poeta, escritor, cronista, crítico de cinema, diplomata, vice-cônsul, compositor, cantor, marido de nove mulheres, pai de cinco filhos e avô de um menino. Falar detalhadamente de sua vida requer um tempo e um espaço que esta pesquisa não comporta e não tem como finalidade.

Vinicius de Moraes nasceu em 1913, no bairro da Gávea, Rio de Janeiro. Cresce rodeado por uma família envolvida com diferentes manifestações de arte. Sua mãe, Lydia Cruz de Moraes, foi pianista seguindo os passos da avó materna e Vinicius. O pai, Clodoaldo Pereira da Silva, era sobrinho do poeta, cronista e folclorista Mello Moraes Filho, tinha amizade com Olavo Bilac e compunha poemas esporadicamente. O bisavô paterno foi autor de cantigas de amor e o avô materno, poeta.

Em 1922 muda-se com sua família para a Ilha do Governador, onde passa grande parte de sua infância. Aos 13 anos começa a compor com dois amigos, os irmãos Paulo e Haroldo Tapajoz. Em 1928, os três compõem "Loura ou morena" e "Canção da noite", que alcança grande sucesso popular.

Em 1930, entra para o curso de Direito. No ano seguinte ingressa no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva. Apesar da pouca afinidade com a faculdade de Direito, forma-se em 1933 e completa o Curso de Oficial da Reserva. Nesse mesmo ano, publica seu primeiro livro, “O caminho para a distância”. A partir daí, publica vários poemas.

Não exerceu a advocacia, foi trabalhar como censor cinematográfico. Em 1938 recebeu uma bolsa de estudos e foi para Inglaterra estudar inglês e literatura na Universidade de Oxford. Lá trabalhou na BBC londrina até 1939.

Em 1943 foi aprovado em concurso para diplomata e mudou-se para os Estados Unidos, onde assumiu cargo de vice-cônsul em Los Angeles. Nessa época escreveu o livro "Cinco Elegias".

Entre 1953 e 1963 serviu em Paris, depois foi para Montevidéu e retornou à Paris. Voltou para o Brasil em 1964 e dedicou-se à poesia e à música popular brasileira.

Fez parcerias musicais com diversos artistas renomados, entre eles Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hime, Carlos Lyra e Chico Buarque.

Suas músicas de maior notoriedade são "Garota de Ipanema", "Gente Humilde", "Aquarela", "A Casa", "Arrastão", "A Rosa de Hiroshima", "Berimbau", "A Tonga da Mironga do Kaburetê", "Canto de Ossanha", "Insensatez", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e "Chega de Saudade".

Compôs a trilha sonora do filme Orfeu Negro, que conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes em 1959 e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1960.

Em 1961 compôs Rancho das Flores, baseado no tema “Jesus, Alegria dos Homens”, de Johann Sebastian Bach. Junto a Edu Lobo, venceu o Primeiro Festival Nacional de Música Popular Brasileira com a música "Arrastão".

Participou de shows com importantes personalidades da música, como Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Dorival Caymmi, Maria Creuza, Miúcha e Maria Bethânia.

Em 1980, lançou o Álbum “Arca de Noé”, cantando músicas de gênero infantil em parceria com vários intérpretes. Esse álbum foi transformado em um especial para a televisão.

A obra poética de Vinícius teve duas fases: a primeira é voltada para o lado místico e cristão e a segunda fase aborda o cotidiano, exaltando a figura feminina e colocando o amor em destaque.

Vinícius de Moraes também se envolveu com os problemas sociais de sua época. Produziu poemas belos que serviram como instrumento de relevantes alertas. Podemos observar exemplos disso em "A Rosa de Hiroshima" e na parábola "O Operário em Construção".

Vinicius casou-se nove vezes e teve cinco filhos. Faleceu no Rio de Janeiro em 09 de julho de 1980, de complicações causadas pela isquemia cerebral.

2.1 PRINCIPAIS OBRAS

Dentre as obras deixada por Vinicius de Moraes, podemos citar as seguintes:

O Caminho Para a Distância (poesia), 1933, foi o título de estreia de Vinicius de Moraes. No breve texto de abertura, o poeta diz: "Este livro é o meu primeiro livro. Desnecessário dizer aqui o que ele significa para mim como coisa minha [...]. São cerca de quarenta poemas intimamente ligados num só movimento, vivendo e pulsando juntos, isolando-se no ritmo e prolongando-se na continuidade, sem que nada possa contar em separado. Há um todo comum indivisível".

Forma e Exegese (poesia), lançado em 1936, marca a continuidade da carreira de Vinicius de Moraes como poeta. Ainda com 22 anos, era o segundo livro do jovem que ainda se apegava ao Simbolismo como escola dileta na hora de fazer versos ou escolher temas. As várias dedicatórias do livro para Arthur Rimbaud, Mallarmé, Claudel ou Jacques Riviére, selam a aliança do jovem poeta com sua matriz literária francesa e nos mostra a filiação poética que Vinicius ainda cultivava.

Já Poemas, Sonetos e Baladas, poesias lançadas em 1946, este volume reúne dois altos momentos da obra de Vinicius de Moraes. 'Poemas, sonetos e baladas', publicado em São Paulo no ano de 1946. A primeira edição foi de apenas 372 exemplares, numerados tipograficamente, assinados pelo autor e ilustrado com 22 desenhos de Carlos Leão. Desde então, o livro não voltou às livrarias, ainda que vários de seus poemas tenham sido reproduzidos em diversas antologias e se celebrizaram, como 'Soneto de fidelidade', 'Soneto do maior amor', 'Balada

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