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VIDA, OBRA, TEORIA DAS PRÁTICAS /EXPERIÊNCIAS EDUCACIONAIS DE L. S. VYGOTSKY E PAULO FREIRE

Por:   •  15/2/2016  •  Artigo  •  1.973 Palavras (8 Páginas)  •  709 Visualizações

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VIDA, OBRA, TEORIA DAS PRÁTICAS /EXPERIÊNCIAS EDUCACIONAIS DE L. S. VYGOTSKY E PAULO FREIRE

1.0 LEV SEMENOVICH VYGOTSKY (1896 – 1934)

Vygotsky é um gênio da Psicologia e para alguns um psicolínguista. Quanto a corrente existem divergências entre a behaviorista, construtivista e sócio-histórica. Foi pioneiro na Psicologia do Desenvolvimento.

Nasceu em 1896 em Biela-Rússia, de pais judeus, e em 1934, morreu de tuberculose. Foi pioneiro em sugerir os mecanismos pelos quais a cultura tornou-se parte da natureza de cada pessoa ao insistir que as funções psicológicas são um produto de atividade cerebral. Conseguiu explicar a transformação de processos psicológicos elementares em processos complexos dentro da história.

Os estudos de Vygostsky são sobre o desenvolvimento humano, ou seja, é uma psicologia geral, e isso dificulta enquadrá-lo em uma concepção epistemológica.

O grande destaque de L.V. Vygotsky na psicologia americana deve-se a partir da publicação em 1962 de sua monografia “Pensamento e Linguagem”. Outros ensaios de Vygostsky também ganharam visibilidade: “O Instrumento e o Símbolo no Desenvolvimento das Crianças”, “A História do Desenvolvimento das Funções Psicológicas Superiores”, estes ensaios ajudaram a desfazer a imagem que alguns haviam feito de Vygotsky como um neobehaviorista do desenvolvimento cognitivo. Lev. S. Vygotsky, advogado e filósofo, mas iniciou-se como psicólogo após a Revolução Russa em 1917.

Vygotsky enfatizava o processo histórico-cultural e o papel da linguagem para o desenvolvimento do indivíduo.

Pode-se citar como principais obras: “A formação social da mente”, “Psicologia e Pedagogia”, “Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem”, A construção do pensamento e Linguagem”, “Teoria e método em psicologia” e “Psicologia pedagógica”. As obras de Vygotsky permaneceu desconhecida no Ocidente até os anos 60, principalmente por razões políticas.

Vygostsky contribuiu na Educação por sugerir que a aprendizagem não ser mera aquisição de informações, não acontecia a partir de uma simples associação de ideias armazenadas na memória, mas era um processo interno, ativo e interpessoal. De certa forma é difícil enquadrar Vygotsky em alguma corrente epistemológica, pois dedicava-se ao desenvolvimento humano e não do conhecimento.

L. S. Vygotsky desenvolveu conceitos para a compreensão da origem de concepções e forma de expressão das pessoas, como por exemplo: pensamento egocêntrico, pensamento socializado, conceito espontâneo, conceito científico, discurso interior, discurso interiorizado e outros, que foram fundamentais para traçar uma teoria na Educação, já que tudo contribui e gera a aprendizagem: psicologia da educação.

Nos estudos sobre aprendizagem, Vygotsky desenvolveu a Teoria Sócio-histórica que sugeriu explicar a forma pela qual o sujeito aprende e se desenvolve, sendo um novo modelo para a educação: inatismo e empirismo.

Vygotsky visando desenvolver uma psicologia materialista, este junto de colaboradores, se empenharam a recuperar o estudo da consciência, inserindo as contribuições de Pavlov (empirista) numa perspectiva mais ampla de investigação, sendo ainda que Vygotsky discorre que o meio social é fator determinante do desenvolvimento humano e que isso acontece fundamentalmente pela aprendizagem da linguagem, que ocorre por imitação.

Pode-se dizer que Vygotsky enxergava o homem como ser histórico e produto de um conjunto de relações sociais. Para ele, os fatores sociais podem modelar a mente e construir o psiquismo na perspectiva semiológica, em que o signo, como produto social, tem função geradora e organizadora dos processos psicológicos, ou seja, entre o homem há uma relação e atividade sígnicas, pela mediação da linguagem, e assim, os signos provocam alterações internas que passam de ser biológico a ser sócio-histórico.

O pensamento Vygotskyano para a Educação tem caráter marxista que fundamenta suas investigações explicando a formação da mente. Na abordagem de Vygotsky, o homem é visto como alguém que transforma e é transformado nas relações que acontecem em toda cultura, sendo uma interação dialética entre fatores inatos e fatores adquiridos que ocorrem desde o nascimento, entre o ser humano, meio social e uma cultura no qual se insere.

Para compreender a dialética de Vygotsky, necessita-se conhecer a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP). O desenvolvimento do indivíduo psicológico/mental é promovido pela convivência social, pelo processo de socialização, da maturação orgânica (biológica) e aprendizagem depende da internalização de conceitos que são promovidos pela aprendizagem social, principalmente a planejada no ambiente escolar.

Para Vygotsky não é suficiente o desenvolvimento biológico para realizar uma atividade, acreditando que a criança se desenvolva sozinha como o decorrer do tempo, é necessário instrumento para que o desenvolvimento aconteça (por meio da interação).

A criança é sujeito pensante capaz de vincular-se a uma ação e à representação do mundo que constitui, sendo a escola um espaço e um tempo onde este processo é vivenciado, o processo de ensino-aprendizagem envolve diretamente à interação de sujeitos, daí pode-se alcançar a ZDP que é a distância entre o nível de desenvolvimento real, ou seja, determinado pela auto capacidade de solucionar problemas e o nível de desenvolvimento proximal, demarcado pela capacidade de solucionar problemas com a ajuda de um parceiro experiente. Assim, na ZDP, ocorre o maior desenvolvimento infantil, e, portanto efetiva-se a aprendizagem. Por isso, na escola, o educador tende a favorecer esta aprendizagem e tornar-se um mediador entre a criança e o mundo, para que desta forma a criança passe de habilidades parciais para habilidades totais.

Desta forma, autor acredita que o homem não é um receptáculo vazio, tão pouco um ser passivo, inclusive é capaz de alterar/renovar/reconstruir a própria cultura, ou seja, seu pensamento. O sujeito é ativo e reage sobre o meio e isso o diferencia do empirismo.

A interação entre subjetividade para Vygotsky era sempre historicamente situada, balizada por ferramentas sociais, desde os objetos até os conhecimentos historicamente produzidos, acumulados e transmitidos.

Contrariando os interacionais, Vygotsky nega uma natureza humana apartada do meio, ou seja, admite que o ser é um sujeito que é social em essência, não podendo ser compreendido em separado do ambiente social.

2.0 PAULO REGLUS NEVES FREIRE (1921

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