Variação Linguistica
Por: Carolina Cruz • 2/12/2015 • Resenha • 437 Palavras (2 Páginas) • 233 Visualizações
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
O português é uma língua considerada heterogênea, cada comunidade, em cada região do país possui sua caraterística de linguagem. Isso é considerado Variedade Linguística, ensinar apenas um padrão de língua nas escolas é limitar as características regionais da língua que é alvo de preconceito por ser considerada errada, fara dos padrões de linguagem.
Nas escolas, ao ensinar a língua padrão o professor ensina mecanismos linguísticos da síntese, verbos, e demais estudos da gramática. Porém em muitos casos, o que é ensinado não faz parte da realidade linguística do aluno, eles são obrigados a aprender coisas que ele nunca ouvirá em seu cotidiano, muitas estruturas da gramatica não condiz mais com o contexto, tornando o falante da língua padrão de certa forma “antiquado”.
Ao abordar a variedade linguística o livro didático é superficial e afirma que a variação linguística não é algo ruim, destacando que a língua padrão, embora necessária, não é adequada em todas as circunstancias. Adequar o uso da linguagem em suas circunstancias é a principal abordagem do livro, que ressalta os momentos que a norma padrão deve ou não ser usada. O livro apresenta o texto “Os perigos do mar” de Carlos Nobre, que traz recomendações a banhistas em uma linguagem mais vulgar, para aproximar-se de seu público alvo, esse é um dos tópicos apresentado pelo texto, que afirma que para que haja interação ente o publico e o anunciante é necessário que a linguagem seja semelhante.
O autor Travaglia assim como no livro, afirma que a variedade linguística tem que se adequar de acordo com as circunstancias, como vemos na citação abaixo, mas ressalta que não se deve trabalhar apenas uma das variedades nas escolas, no caso a padrão, pois diferente do que se pensa o aluno não chega já falando a língua vulgar, e essa por ter diferentes variações também deve ser ensinada.
“Todavia, se se acredita que em diferentes tipos de situação tem-se ou deve-se usar a língua de modos variados, não há porque, ao realizar as atividades de ensino/aprendizagem da língua materna, insistir no trabalho apenas com uma das variedades, a norma culta, discutindo apenas suas características e buscando apenas o seu domínio em detrimento das outras formas de uso da língua que podem ser mais adequadas a determinadas situações.” (TRAVAGLIA, p. 41; 2000).
Levando em consideração a necessidade de desenvolver o estudo das variações linguísticas, recomenda-se que seja aplicado o ensino produtivo, uma vez que o objetivo deste é desenvolver a competência comunicativa, visando aumentar os recursos que o aluno possui, tendo a sua disposição o maior número possível de potencialidades de sua língua, para que a possa utilizar em diferentes contextos.
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