A ATPS MULTIDISCIPLINAR

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA

CURSO – PEDAGOGIA

4º SEMESTRE

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Projeto Multidisciplinar II”, sob orientação do professor-tutor a distância SIMONE ANACLETO PARIZ.

Araçoiaba da Serra, 12 de Setembro de 2012.

FROEBEL NA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS ATIVIDADES LÚDICAS

Friedrich Wilhelm August Froebel (1782-1852) com ideias luminosas sua contribuição para a pedagogia foi a de que o ser humano é essencialmente dinâmico e produtivo e não meramente receptivo, ou seja, “O homem é uma força autogeradora e não uma esponja que absorve conhecimento do exterior”.

Froebel foi um educador que enfatizava o brinquedo a atividade lúdica. Para ele, a história contada por um professor deve ser expressa pela criança não somente na sua própria linguagem, mas por meio de canções, representações, figuras ou construção de objetos simples de papel, barro ou outro material.

As suas ideias lançaram as bases da educação infantil. A essência de sua pedagogia são os conceitos de atividade e liberdade da criança. Trabalhou com Pestalozzi, e embora influenciado por ele, foi totalmente independente e crítico, formulando seus próprios princípios educacionais.

Os seus ideais educacionais foram considerados politicamente radicais e, durante alguns anos, foram banidos da Prússia. Em 1837 Froebel abriu o primeiro jardim de infância, onde as crianças eram consideradas como plantinhas de um jardim, das quais o professor seria o jardineiro. A criança se expressaria através das atividades de percepção sensorial, da linguagem e do brinquedo. A linguagem oral se associaria à natureza e à vida. Froebel foi um defensor do desenvolvimento genético.

Para Froebel o desenvolvimento ocorre quando observado a infância, a meninice, a puberdade, a mocidade e a maturidade.

Todas estas fases eram igualmente importantes. Observava, portanto a gradação e a continuidade do desenvolvimento, bem como a unidade das fases de crescimento.

Enfim, a educação da infância se realiza através de três tipos de operações:

* a ação,

* o jogo,

* o trabalho.

MODELOS DE ATIVIDADES LÚDICAS E/OU DINÂMICA

PARA EDUCAÇÃO INFANTIL

Jogo do Simão: As crianças devem fazer uma grande roda e a professora diz “Simão”, e acrescenta: mão na cabeça, ou em qualquer lugar do corpo. As crianças seguem as instruções; quando a professora diz apenas mão na cabeça, mas não diz “Simão”, a criança que coloca a mão na cabeça é eliminada da brincadeira, ficando de estátua. A brincadeira termina quando fica somente um aluno, quando então é aplaudido.

Jogo do faz de conta: As crianças representam papéis como médico, manicure, feirante, brincadeiras de escolinha ou de casinha, este momento é quando a criança pode assumir os diversos papéis, brincadeiras de teatro, mimica fantoches. Esta brincadeira é muito rica e o adulto deve evitar intervenções e após a brincadeira deve-se conversar como grupo deixando-os a vontade para descrever os papéis.

PARA ENSINO FUNDAMENTAL

Formar grupos: pedir para que as crianças corram depois pedir que se juntem em grupos de três, pedir para que corram de novo, então se juntem em grupos de dois, depois de quatro, cinco, e assim por diante, trabalhando vários aspectos, tais como; atenção, numeração, socialização.

Pular corda: esticar uma corda reta no chão, as crianças fazem uma fila e então vai uma criança por vez pulando primeiro com a perna direita e depois com a perna esquerda. Com esses exercícios ela trabalha a lateralidade psicomotora.

ARTETERAPIA – DESENVOLVE O AUTOCONHECIMENTO, O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL, A DESINIBIÇÃO E A CRIATIVIDADE.

"Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida" (Jung, 1920).

Sendo um campo de conhecimento interdisciplinar, a Arte terapia pode ser utilizada por profissionais de diversas áreas, principalmente a escolar, adicionando sua prática o uso de recursos criativos para o desenvolvimento da criança, utilizando plásticos, poesias, musicais, madeiras, expressões corporais, entre outros.

No ambiente escolar as atividades desenvolvidas com a Arte terapia desenvolvem e estimulam o autoconhecimento, a desinibição e a criatividade, proporcionando aos participantes a integração com o mundo, impulsionando-o a gerenciar conflitos, melhorar relacionamentos sociais, desenvolvimento harmônico da personalidade e das habilidades cognitivas.

Proporcionando a liberdade, a arte trabalhar os sentimentos negativos onde são liberados na elaboração das atividades como música, teatro, dança, entre outras, propondo ao individuo estimular a criatividade e reflexão da experiência vivida, resgatando em cada um a sua capacidade de integrar seus sentimentos em busca da transformação.

Arte terapia pode ser considerada como a utilização de recursos artísticos em contextos terapêuticos, baseando-se na percepção de que o processo criativo envolvido na atividade artística é terapêutico e enriquecedor da qualidade de vidas das pessoas. (ARCURI, pág.: 21, 2006)

O momento em que a atividade artística é produzida proporciona um verdadeiro encontro com a criatividade e a sensibilidade da pessoa, uma vez que a arte permite ao individuo a ampliação dos significados internos além de um novo conhecimento da consciência.

Criar produções é dar forma a algo novo, pois o ato de criar faz com que o indivíduo compreenda, relacione e ordene suas ideias de forma imaginária ao concreto. Quando criamos esse algo novo passa a ter vida e forma e torna-se um processo interativo ao nosso meio.

Deste modo, a Arte terapia é um instrumento que funciona como formas de expressões diversas que exterioriza os sentimentos e as emoções, possibilitando a reconstrução de situações internas num resgate das energias num processo de transformação psíquica mais saudável.

A arte faz parte do convívio humano como necessidade, além de contribuir para o desenvolvimento global. O indivíduo que desenvolve formas de se expressar está registrando a sua marca pessoal, o seu estilo e o seu modo de estar no mundo. (CHIESA, pág.: 31, 2004.)