A AVALIAÇÃO: RESULTADOS E ORIENTAÇÕES DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM
Por: mmatheus19 • 28/11/2015 • Trabalho acadêmico • 937 Palavras (4 Páginas) • 1.269 Visualizações
A AVALIAÇÃO: RESULTADOS E ORIENTAÇÕES DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM
Toda a maneira como a sociedade entende o ensino e a escola vem passando por grandes transformações nas últimas décadas e, com isso, torna-se cada vez mais urgente rediscutir e modificar os procedimentos da avaliação dos resultados do ensino e da aprendizagem até hoje predominantes.
Até algum tempo atrás, a escola cumpria um papel claramente seletivo. Tratava-se, mesmo na escola pública, de produzir e selecionar aqueles que seriam os componentes das futuras elites intelectuais e dirigentes do país, além dos quadros burocráticos e executivos da administração pública e das empresas. Nesse caso, mesmo se proclamando como escola universal, aberta para todos, na verdade a organização do sistema escolar estava voltada para a seleção dos assim chamados “melhores alunos”.
Assim, as práticas da avaliação nesse tipo de escola eram coerentemente voltadas para a criação ou o reforço de hierarquias e de classificações dos indivíduos. Os resultados eram a exclusão da grande maioria e a seleção de um pequeno grupo de alunos que teriam sucesso, ou seja, concluíram o primário e o secundário e conseguiriam chegar até a universidade.
No entanto, quase subterraneamente, veio-se produzindo uma transformação radical nesse quadro. As pressões sociais cada vez mais fortes das classes médias e, depois, das classes populares para que esse sistema escolar abrisse suas portas e seus filhos acabaram atenuando o rigor dos mecanismos de entrada e ampliando o número de vagas. No Brasil, no inicio dos anos 1970, aboliu-se o exame de admissão que selecionava os alunos para o antigo curso ginasial. Quase ao mesmo tempo, unificaram-se os oito primeiros anos da escolaridade, transformando-os no ensino de 1° grau (hoje, ensino fundamental), que se tornou obrigatório para todos os indivíduos entre 7 e 14 anos de idade.
AVALUAR PARA SELECIONAR OU AVALIAR PARA ENSINAR E APRENDER?
Frequentemente, nas escolas, os resultados de aprendizagem são verificados por meio da aplicação de um mesmo teste ou prova escrita que todos os alunos devem responder individualmente. Esse tipo de instrumento está baseado numa certa concepção pedagógica: nela a tarefa principal do ensino é pensada como a transmissão de determinados conhecimentos que se configuram sob a forma de saberes proposicionais, isto é, sob a forma de um conjunto de afirmações a respeito de um determinado assunto, tema, problema ou questão. Avaliar, nesse sentido, é verificar em que medida essas proposições foram assimiladas. Para tanto, são usados instrumentos escritos ou verbais em que o aluno possa demonstrar essa assimilação, devolvendo-a sob a forma de texto ou de produção linguística.
Isso quer dizer que os modos como se efetivam a avaliação e os instrumentos escolhidos dependem do tipo de concepção pedagógica que se assume. Em termos mais amplos, dependem do tipo de projeto pedagógico que se pretende desenvolver. Assim, examinar como se realiza a avaliação pode nos oferecer elementos importantes para entendermos que tipo de aluno se pretende desenvolver. Assim, examinar como se realiza a avaliação pode nos oferecer elementos importantes para entendermos que tipo de aluno se pretende formar com determinadas práticas desenvolvidas na escola.
A avaliação põe em destaque os princípios que guiam a ação pedagógica. Quando se avalia através de provas que cobram nomes, datas, ideias copiadas do livro ou do texto está-se dizendo que o princípio pedagógico valorizado é o da aprendizagem reprodutiva, baseada na memória e na petição acrítica das informações. Quando se pede ao aluno que exponha seu ponto de visita, argumente a favor ou contra uma ideia,
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