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A Afetividade na Relação Professor Aluno

Por:   •  15/8/2020  •  Artigo  •  1.727 Palavras (7 Páginas)  •  312 Visualizações

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A Afetividade na Relação Professor aluno

Sheila Miranda

Como concluinte do curso de pedagogia, na Universidade Estadual Paulista no Julio de Mesquita Filho, UNESP\FC e aluno a justificativa desse tema, dar-se-ia em razão de como vem sendo trabalhado na educação infantil a afetividade com a crianças, do maternal, até os três anos sendo que nessa fase que ela aprende se relacionar, com o outro, se comunicar, e a se expressar por meio de diversas linguagens

Este trabalho tem por objetivo mostrar como a afetividade, participa da vida da criança em sala de aula quando, o professor tem disposição usando, do seu conhecimento cumplicidade, e disponibilidade, para envolver seus alunos, em conhecimentos específicos, que se acham elaborados pelo currículo.Em se tratando da afetividade infantil optou-se por trabalhar os seguintes teóricos. De acordo com (Celso Antunes). A criança desde seu nascimento necessita se sentir acolhido tanto pelos seus pais quanto, por outro sujeito, mesmo que não tenha laços familiares, para desenvolver, seu lado cognitivo, emocional, e afetivo, sendo assim o autor afirma que:

Do nascimento até o 4º mês o bebe busca organizar, com respostas corporais, as sensações mais marcantes que acolhe. Nessa fase, a presença integral de um adulto é essencial, mesmo que possa não ser o pai ou a mãe: é importante que seja pessoa afetiva, terna, meiga, que converse afetuosamente, que proponha a apresentação de desafios novos como se explicará adiante. Desde o 4º mês, como já desenvolve relacionamento com outras pessoas, os afetos precisam continuar presentes tornando-se mais distintos.

Segundo, o autor (Celso Antunes em seu livro Afeto e Limites p. 95). Esse afeto deve continuar gradativamente para que se propicie uma relação de bem estar entre a criança e o adulto. A afetividade deve ser trabalhada na escola desde, o primeiro dia de aula, pois, é na escola que se encontra vários indivíduos distintos, cada um com, sua personalidade, com famílias, culturas, e vivencias diferente, principalmente em cidades e bairros mais carentes onde os pais trabalham fora e não têm tempo e nem, amor para com seus filhos, também esta relacionada ao afeto que em latim significa afectus, que tem o mesmo sentido de sentimentos, afeição, dedicação, emoção, solidariedade. O sentimento é a linguagem que o coração usa quando precisa mandar algum recado, um conjunto de sensações físicas, e emocionais.

Podemos dizer que todos nascemos com um senso de valores, positivos e negativos, sendo atraído por tais valores; o termo sentimento é muito usado para designar uma posição mental ou algum propósito de uma pessoa para outra, sendo assim, sentimentos são ações decorrentes de decisões, além de sensações físicas e psíquicas que são sentidas tais, como conseqüência de amar. Portanto todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e, depois no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica ),e, depois no interior da criança (intrapsicológica) (VIGOTSKY,1994: 75). Nesse sentido o professor deve propiciar momentos de interação, com diálogos, jogos, brinquedos, brincadeiras e roda da conversa e apreciação e em estudos individuais. Contudo a interação educacional evoca situações, atuais simultaneamente e reciprocamente em torno de um contexto determinado, sendo assim o processo de socialização da criança e sua forma de reagir na escola, depende do campo afetivo, algumas se sentem a vontade e usam com mais facilidade sua capacidade de adaptação, outras demonstram medo ou inquietação e se mantém na defensiva, reservadas e tímidas. Neste pequeno mundo o professor distingue os mais espertos e os mais lentos aqueles que são capazes de acompanhar avanços na atividade ou que se mantém a parte e pouco participa. Assim para Vigótisky (1993, p 238-46), existem dois níveis de desenvolvimento: o nível de desenvolvimento atual e a zona de desenvolvimento proximal (ZDP).

O desenvolvimento atual de uma criança é aquele que pode ser verificado através de teste, nos quais a criança resolve problemas de forma independente, autônoma.

Já a zona de desenvolvimento próximo abarca tudo aquilo que a criança não faz sozinho mais consegue fazer imitando o adulto [...] Assim, o nível de desenvolvimento de uma criança é caracterizada por aquilo que ela consegue com a ajuda de outras pessoas.

É importantíssimo comentar o significado da expressão ZDP adaptada por Vigotsky. Enquanto o “nível de desenvolvimento atual” denota o desenvolvimento da criança, já alcançado mediante uma ação autônoma da criança em realizar determinada tarefa, sem o auxilio do adulto, no caso da expressão ZDP, trata-se de um significado dinâmico, pois o que uma criança consegue fazer com a ajuda de outras pessoas é diferente do que outra criança consegue fazer com o auxilio dessas mesmas pessoas.

Esse trabalho na ZDP possibilita o desencadeamento de vários processos internos de desenvolvimento que somente ficam em evidencias nas relações com pessoas adultas e crianças ou quando em cooperação com seus companheiros. Sendo assim, o professor pode desencadear, juntamente com os alunos, debate e discussões a respeito das teorias do desenvolvimento e da aprendizagem, de modo a respaldar as opções metodológicas adequadas ao desenvolvimento do trabalho educativo. È importante lembrar que o ponto de partida para sabermos sobre o que estudar é o próprio diagnóstico sobre as dificuldades encontradas no processo de ensino- aprendizagem, elaborado com base nos resultados das avaliações da aprendizagem de cada um das áreas de conhecimento. Ser professor é ser mediador do processo de aprendizagem, não como detentor do saber, mas propiciando a interação entre os sujeitos, articulando a conduzir os aprendizes a níveis mais elevados de compreensão, por meio de relações afetivas, partilhadas no diálogo entre professor e aluno. Ser professor é enfrentar os desafios, valorizando seu aluno a partir da sua história, do seu contexto, para compreender suas necessidades, interesses e desenvolvimento, refletir sobre sua práxis, para favorecer a construção de aprendizagens significativas e prazerosas, de maneira democrática, levando o aluno a construir um conhecimento sólido, pela troca de experiência no dia a dia. A arte de ensinar é uma tarefa que precisa estar expressa nas emoções, nas motivações, e na empatia com os alunos, favorecendo o diálogo, o respeito às diferenças, partilhando conhecimentos, criando um ambiente saudável para o aprendizado mútuo e continuo. Podemos dizer que no passado o professor era figura única detentora do conhecimento, e era ele quem

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