A Antropologia e Infância
Por: Alesviana • 7/12/2022 • Trabalho acadêmico • 1.245 Palavras (5 Páginas) • 89 Visualizações
[pic 1] | UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DO NOROESTE FLUMINENSE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS - PCH | [pic 2] |
CURSO: PEDAGOGIA 2022/01
Professora Dra. Virginia Georg Schindhelm
Grupos e cronograma para Seminários Infância e Cultura 1
Grupo 4 – Antropologia e Infância – Clarice Cohn
Alessandra dos Santos Nicolau
Catarina Cardoso de Carvalho
Clara Godiony Cavalcante Freire
Victória de Souza Cândido
Wellington José
Estrutura do trabalho escrito: - Introdução - Desenvolvimento do tema escolhido - Conclusão – Referências
- Pequena biografia do autor destacado para a área de conhecimento discutida pelo grupo.
- Explique como os estudos da área de conhecimento escolhida (Filosofia, Psicologia etc...) apresentam contribuições para pensar a Infância.
- Traga uma experiência com crianças para exemplificar a área de conhecimentos escolhida pelo Grupo. Justifique.
- Como o tema escolhido pode contribuir para a formação do(a) educador(a)?
Data: 28/06/2022.
A ANTROPOLOGIA E A INFÂNCIA
Clarice Conh
Este resumo foi feito, a partir de leituras dos seguintes artigos: Educação escolar indígena: para uma discussão de cultura, criança e cidadania ativa, Discursos políticos e objetificação da cultura nos Mebengokré-Xikrin, Crescendo como um Xikrin: uma análise da infância e do desenvolvimento infantil entre os Kayapó-Xikrin do Bacajá e Concepções de infância e infâncias.
Os textos são de autoria da professora e doutora em Antroplogia Social Clarice Cohn e nos ajudou a entender, como a Antroplogia pode auxiliar e trazer contribuições na formação do educador.
Desta forma, as questões que se fazem presentes são: Qual será a diferença entre criança e ser criança?
Como será que elas vivem? O que será que pensam? E a infância? Quando ela começa e quando ela termina?
Esses são questionamentos que embora pareçam simples de responder, na verdade não são, já que podemos ser surpreendidos, visto que, as crianças se localizam em todos os lugares e que cada lugar tem suas particularidades e que em cada criança habita um ser diferente.
A literatura normalmente nos conta de forma romantizada e nostálgica as vivências da infância. Parece que tudo é bem simples, mas a verdade não é bem essa!
Se tivéssemos todo o conhecimento sobre a infância e a criança, perceberíamos a existência de inúmeras ideias diferentes. A criança pode ser tantas coisas, mas, seja, de uma forma ou de outra, as ideias podem estrapolar limites que talves sejamos imcapazes de perceber.
Nesse sentido, a antropologia, através de seu método etnográfico e técnica de observação participativa, pode fazer a diferença, pois, pode nos auxiliar a desenvolver um olhar mais atento e uma percepção mais próxima a realidade.
Esse olhar antropológico diferenciado, acaba facilitando, já que o professor pode usar isso a seu favor, no sentido de ter uma visão mais ampla, podendo dar a seus alunos, uma perspectiva a partir de seu próprio espaço social e de sua formação, tentando assim diminuir as dificuldades de legitimar a criança como um ser social.
As leituras nos fazem pensar acerca de como socializar os debates que abrangem os conceitos de criança e infância, destacando, como distintas culturas administram essa questão e acabam por nos mostrar, de que maneira a antropologia vem auxiliando, para refletir esse assunto.
A autora, fala que vários conceitos vigentes em torno da infância, se encontram em uma ideia negativa da criança, que impede de entendê-las sobre suas próprias perspectivas.
É exatamente, com propósito de entender as perspectivas das crianças através de suas características e atitudes, que a antropologia procura se aproximar e entender o lugar que elas ocupam na sociedade. Para tanto é usado o método etnográfico e a técnica de observação participativa como falado acima, e desta forma a antropologia pode fazer a diferença, pois, ela auxilia os professores a desenvolver um olhar mais atento e uma percepção da realidade que faz parte de seu universo de trabalho.
Cohn, fala da concepção de infância de maneira particular e diferenciada de pensar a criança, ou seja, a forma como pensam, o que pensam, como vivem, pode variar de acordo com os diferentes contextos sociais, e são essas as diferenças que a antropologia estuda, tentando se aproximar e conhecer os diversos modos de viver a infância.
Foi desse modo, que se deu a pesquisa de mestrada de Clarisse Cohn, realizada no Pará, junto ao povo de etnia indígena chamada Xikrin, onde ela relata, que foi possível perceber situações peculiares, como a relação do choro das crianças com os sonhos, as pinturas corporais, dentre outras, que deram a ela a compreensão do que significa ser criança para um xikrin.
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