A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: paulinhaquintili • 3/9/2019 • Trabalho acadêmico • 3.985 Palavras (16 Páginas) • 109 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO
UNIARARAS
MARIA DE LOURDES DA SILVA QUINTILIANO E
MARIA CILENE C. SILVA
A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
São Paulo/SP
Outubro/2011
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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO
UNIARARAS
MARIA DE LOURDES QUINTILIANO RA 50234
MARIA CILENE C. SILVA RA 60774
A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de conclusão de curso apresentado
ao curso de Pedagogia do Centro Universitário
Hermínio Ometto, como requisito para obtenção
do grau de licenciatura Plena em Pedagogia .
São Paulo/SP
Outubro/2011
RESUMO
O artigo aborda o tema “A Contação de Histórias na Educação Infantil”, sabendo que, ouvir e contar histórias desenvolve a imaginação, resgata a cultura oral, incentiva a escrita, proporciona momentos lúdicos e de interação com o meio, é que elaboramos nosso trabalho, visando, assim, contribuir para o ambiente escolar e conseqüentemente para o trabalho do professor, oferecer um conjunto de ações entre o mágico e a leitura, objetivando desenvolver a linguagem oral e escrita nos alunos da Educação Infantil. As histórias são patrimônios da humanidade.
Palavras-chave: História, Livro, Criança.
INTRODUÇÃO
Tendo como temática a contação de historias para crianças, este trabalho procurará investigar a importância desta ferramenta pedagógica para o trabalho escolar, bem como para a formação do aluno, insistindo na eficácia que a própria ludicidade do ato de contar proporciona.
É sabido que a contação de historias, em suas diversas formas e funções, exerce fortes influências no desenvolvimento da criança, pois, pelo fato de tal instrumento se basear no elemento fundamental do ser humano, que é a troca de experiências entre sujeitos cognoscentes, o contador de historias exerce papel fundamental na formação cultural da criança, dado que institui-lhes a vivencia do passado e do futuro, a experiência do medo, da alegria, da risada, e outros conteúdos subjetivos, por meio dos quais a criança passa, dialogicamente com o professor, a se conhecer e reconhecer. Ademais, “o contato com as histórias na cultura significa para as crianças o reencontro simbólico com um padrão organizativo - temporal e mesmo rítmico – que elas já vivem em sua experiência com a sucessão dos eventos no tempo: a rotina domestica, a expectativa pelo aniversario, o ziguezague entre lembrança e imaginação prospectiva que marcam a ação do faz-de-conta” (GIRARDELLO, 2007, p.2).
Desde muito cedo as crianças são introduzidas no mundo mágico, quando, por exemplo, os pais contam-lhes as famosas “historias de ninar”, rito que inicia na psicologia infantil, a prática narrativa para as crianças. Com efeito, são em ritos como estes que o primeiro contato de uma criança com textos se dá. Fator que torna imprescindível o uso da oralidade (por conseqüência, da própria contação de historia) é, portanto, que no âmbito da oralidade, por meio da voz, da pratica da fala, que eles formam a idéia de texto. Em outras palavras, como explica Aroeira (1996, p.141) “por meio da historia, a criança observa diferentes pontos de vista, vários discursos e registros da língua. Amplia sua percepção de tempo e de espaço e o seu vocabulário”.
Ou ainda, citando Abramovich (1995, p.15), é através duma historia que se podem descobrir outros lugares, outros campos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É ficar sabendo Historia, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula...”
Eis aqui um ponto fundamental: o ato de contar histórias funciona de modo diferente de outras ferramentas pedagógicas, pelo simples fato de sua realização dar-se ‘naturalmente’, isto é, ocorrer por uma espécie de encantamento, que envolve, em grande parte, aspectos emocionais.
Por tudo isso, dado a relevância da prática de contação de histórias para crianças mencionadas acima, mostraremos a importância desta ferramenta para a formação de crianças leitoras, e como o espaço pedagógico-infantil pode se valer dele através de diferentes meios e com diversos instrumentos, sejam brinquedos infantis, sejam ferramentas audiovisuais (radio TV, etc.).
Além disso, nosso trabalho terá como meta insistir na rentabilidade que a contação de história carrega. Pois, como se vê, sua legitimação não provém de nenhuma instituição escolar, nem de nenhuma pratica pedagógica especializada. Antes, a contação é fruto de diversos ambientes sociais, o popular, familiar, amoroso, midiático, etc, com forte associação ao discurso da oralidade.
Assim, pelo simples fato de esta pratica discursiva se materializar em outros contextos que não o educacional é que se pode presumir sua rentabilidade. Cabe a educação, por isto, enquanto campo em relação de dialogo com a sociedade, se utilizar deste instrumento, intensificando as potencialidades pedagógicas nele presente. É neste aspecto que este trabalho pretende se apoiar.
Capítulo I
- Leitura
Aurélio Buarque de Holanda assim define a palavra Leitura: 1. Ato, arte ou hábito de ler. 2. Aquilo que se lê.
Para a Língua Portuguesa podemos definir leitura em dois significados, como ato, arte/ hábito de ler, então leitura esta ligada a todos esses significados, ato = o que se faz arte = capacidade de ler ou hábito que se é freqüente.
Quando falamos de leitura a primeira coisa que trazemos a nossa mente é o processo de alfabetização e compreensão das palavras.
Paulo Freire no livro A Importância do ato de ler, nos mostra que leitura é bem mais que decodificar palavras é ler o mundo, ou seja, nossa primeira leitura é interpretar o mundo e a partir das relações com o mundo decodificar as palavras, sabendo que o leitor deve ter uma relação com o texto lido para que obtenha compreensão.
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