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A Cultura no Mundo Liquido Moderno

Por:   •  14/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  616 Palavras (3 Páginas)  •  492 Visualizações

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A CULTURA NO MUNDO LÍQUIDO MODERNO

Zygmunt Bauman é um sociólogo polonês. Iniciou sua carreira na Universidade de Varsóvia, de onde foi afastado em 1968, após ter vários livros e artigos censurados. Emigrou então da Polônia, por motivo de perseguições antissemitas, e na Grã-Bretanha tornou-se professor titular da Universidade de Leeds (1971 em diante). Recebeu os prêmios Amalfi (1989, por sua obra Modernidade e Holocausto) e Adorno (1998, pelo conjunto de sua obra). É professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia.

No capítulo IV,  A Cultura Num Mundo de Diásporas, as modernas classes instruídas constituiram desde o começo uma categoria de pessoas dotadas de uma missão.  Essa missão era dada de diversas maneiras e em diversos termos. Essa vocação foi atribuida na época do Iliminismo, e desde então apresenta um papel decisivo, de “voltar a enraizar” o que fora “desarraigado”. Essa missão era dividido em duas fases:

A primeira foi formulada pelos filósofos iluministas, numa época em que a desintegração e a atrofia inevitáveis do “anciem régime”( velha ordem), consistia em “cultivar” ou “esclarecer” o povo. A meta era transformar as entidades desorientadas, desalentas e perdidas, em membros de uma nação nação moderna e cidadãos de um Estado moderno.

Para os pioneiros do Iluminismo, não adiantava mudar ou crias novas condições, sendo que as regras iriam seguir as tradições, isso iria se tornar ainda um obstaculo, e não um auxilio. Assim, muitas vezes, essas regras não passavam de “supertições”, tornando se muitas vezes um problema para o progresso eo potencial humano.

O papel dos educadores, para Bauman,  era a “cultura”, no sentido original de cultivo, tomado de empréstimo a agricultura, compartilhado pela noção francesa de culture e pelos termos, simultaneamente cunhados, Bildung na Alemanha e refinementna Inglaterra, que, embora distintos, captavam a intenção essencial  de maneira semelhante.

A segunda tarefa, ligada com a primeira, consistia em uma importante contribuição ao desafio assumido pelos legisladores: planejar e construir novas estruturas que dariam novos estilos de vida.

Para o autor, a primeira e a segunda tarefa, surgiu do principal empreendimento da revolução moderna, a construção simultanea do Estado e da Nação, a substituição de um agregado relativamente frouxo de comunidades locais, com dialetos, tradições e calendarios variados. As duas tarefas dependiam de uma combinção do Estado-nação, economico, políticos e também espirituais.

Já hoje, entramos, segundo o autor na era do não engajamento, tendo como diversas estratégias o monitoramento, a vigilância. Isso se trata de uma adaptação para a realidade, estamos muitas vezes aceitando a realidade sem ao menos questiona-las, deixando assim as coisas tomarem seu próprio caminho. Bauman se posiciona mais uma vez contrário aos direitos dos membros nominais da comunidade a exercerem escolhas que prejudicariam a sobrevivência dessas diferenças, propondo limitar ou até mesmo negar de vez estes direitos. O que esta em jogo é a segurança num sentido mais amplo, a redução da questão da incerteza geral dos riscos reais ou imaginários da segmentação cultural em dois campos é um erro perigoso, desviando a atenção das raízes e do desacordo mútuo.

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