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A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Por:   •  24/8/2017  •  Artigo  •  3.241 Palavras (13 Páginas)  •  461 Visualizações

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DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO.

Aline Leite do Carmo[1]

Bruna dos Santos Fernandes

Cibele Cristina dos Santos

Daiane do Nascimento Baia

Giuliana Goulart Ribeiro

Profª.Dra. Jane Garcia de Carvalho[2]

RESUMO

Este estudo tem como principal objetivo adquirir informações e conhecimentos sobre a dificuldade de aprendizagem em leitura e escrita através de estudo, revisões bibliográficas e intervenções. Considerando a leitura e escrita como ferramentas essenciais na vida do ser humano é de suma importância que a criança tenha esse conhecimento, e que ele seja adquirido de forma prazerosa onde os interesses e saberes sejam valorizados no momento da aprendizagem, tendo em vista que os contos são uma leitura muito atrativa, prazerosa e por fazer parte do conhecimento da criança, foram trabalhados de diversas formas de produção de texto. A partir deste presente estudo foi possível perceber que a aprendizagem da leitura e escrita não se desenvolvem ao mesmo momento, mas devem ser incentivadas juntas para trabalhar valorizando os interesses e conhecimentos prévios de alunos fazendo a diferença na aprendizagem.

Palavras-Chave: Leitura; Escrita; Produção de texto; Conto.

INTRODUÇÃO

É a partir da infância que se dá por necessário a importância que se tem de as crianças, ainda nas séries iniciais do Ensino Fundamental, começa a sentir gosto pelos textos, sendo estes literários, informativos ou que possuam algum valor simbólico à sua aprendizagem, o que se percebe é que não se coloca em questão o ato de que a criança precisa de um acompanhamento mais amplo durante sua aprendizagem.

O desenvolvimento da escrita deve ser construído através de momentos de estimulação, diversificando estratégias de ensino/aprendizagem, pois o aluno deve escrever por prazer.

De acordo com MATENCIO (1994) a habilidade que o aluno tem para escrever não significa que ele possua o domínio e a compreensão do sistema da escrita, pois não seria compreensão gerando o ato, mas o ato gerando a compreensão.

Este trabalho configura-se em um estudo, que segundo Yin (1994) trata-se de uma abordagem metodológica de investigação especialmente adequada quando procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão simultaneamente envolvidos diversos fatores.

No estudo tivemos como foco um aluno do 2º ano do ensino fundamental, com dificuldade de leitura e escrita, onde os conhecimentos prévios e os interesses da criança foram valorizados.

Foram feitas entrevistas com a educadora e com os responsáveis, as intervenções iniciaram com o desenho da família e do par educativo, questionário sobre exploração dos interesses e motivos, sondagem envolvendo produção de texto e encontros desenvolvendo atividades de produção de texto e atividades lúdicas.

Por fim, o objetivo desse estudo foi aplicar atividades diversificadas para que assim a criança possa superar e evoluir em sua aprendizagem.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

MATENCIO (1994) a leitura e a escrita são introduzidas em nossas vidas a partir do momento em que tomamos ciência sobre o mundo que gira em nossa volta, quando o desejo de decifrar o mundo aflora. Ler e escrever se complementam, mas a aprendizagem dos dois elementos não é necessariamente desenvolvida ao mesmo tempo, devem ser incentivadas para se desenvolverem juntas, tanto em ambientes escolares como em ambientes familiares. Só se desperta a vontade de aprender se formos livres para escrever aquilo que queremos.

MATENCIO (1994) quando as crianças ingressam na escola, já trazem consigo uma bagagem de conhecimentos, afinal, visualizam “sinais” de linguagem por todos os lugares, tais como placas, cartazes, jornais, embalagens, e sem dúvidas, identificam que cada “sinal” tem um significado, porém, ainda não conseguem compreende-lo de fato, ou seja, a leitura não significa somente uma decodificação de símbolos, mas interpretar e compreender o que se lê. É necessário entender que decodificar as letras é, apenas, um meio de conhecer, somente, um meio imprescindível para efetivar a leitura da palavra.

Na transição de um estágio a outro na aprendizagem da escrita, os números e as formas, possibilitando o aparecimento de signos diferenciados, expressivos, usados como recordação, por mediação. Seus dados revelam que a habilidade para escrever não significa necessariamente compreensão do processo da escrita pela criança, pois não seria a compreensão a gerar o ato, mas o ato gerando a compreensão. (MATENCIO, 1994,p. 39)

De acordo com MATENCIO (1994) é necessário fazer da escola um ambiente onde a leitura e a escrita sejam práticas vivas, sejam instrumentos poderosos capazes de permitir que criança aprenda com naturalidade, e no seu momento, já o educador deve incentivar a curiosidade do aluno aplicando atividades lúdicas e envolventes para quando a criança dominar a leitura e a escrita, ela consiga produzir um texto com segurança, tornando-se, dessa maneira, um bom leitor e escritor. 

MATENCIO (1994) para desenvolver um leitor e escritor, é preciso respeitar o tempo de cada criança, pois o desenvolvimento não acontece de forma igualitária, a criança só aprenderá a desenvolver uma produção de texto colocando isso em prática, ou seja, produzindo textos.

MATENCIO (1994) educador deve incentivar o aluno no processo de leitura e escrita, mostrando que esse processo é primordial em sua vida, para participar ativamente das comunicações existentes na sociedade.

É necessário estimular a parte cognitiva do aluno para que ele dê início ao processo de escritas de textos, encorajando-o para que faça escritas livres e após o educador deve intervir, propondo que o aluno faça uma auto avaliação para descobrir em que pode melhorar suas produções, desse modo, vai parecer mais plausível a produção de textos.

 

A necessidade de que, para uma pratica escolar crítica e reflexiva, o professor deve lançar um olhar menos avaliativo à produção de textos de seus alunos e, com poucos dados, analisar como eles vem realizando as atividades de leituras e produção de textos, levando em conta suas experiências prévias para que eles possam ser orientados no sentido de complementar os conhecimentos que já possuem.  (MATENCIO, 1994, p.63)

De acordo com as abordagens de MATENCIO (1994) os conhecimentos prévios do aluno devem ser valorizados durante todo o processo de ensino, uma vez que o aluno tem contato com produção de texto assim que ingressa na escola, o educador deve planejar situações desafiadoras, para que o aluno comece a pensar sobre as diferenças do conhecimento que ele já tinha e o novo que ele está adquirindo. Orientando o aluno e o incentivando em suas produções, aplicando atividades diversas, explorando o lúdico, onde seus interesses e suas curiosidades sejam valorizados, tornando a prática de produção de texto algo agradável e prazeroso e não maçante e penosa.

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