A ESCOLA E OS TIPOS DE INCLUSÃO
Por: serbaiserbai • 26/8/2018 • Artigo • 1.345 Palavras (6 Páginas) • 250 Visualizações
A ESCOLA E OS TIPOS DE INCLUSÃO
IENSEN, Jislene Serbai. RU 1243710.
POLO Palmital/PR
UNINTER
Resumo
O presente trabalho foi feito a partir de entrevista com a professora e mãe de um aluno portador de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Assim, conhecendo suas especificidades, como é a convivência familiar e em sala de aula, também este trabalho busca compreender as características do TDAH, fazendo citações de alguns autores sobre o tema. Este estudo ainda mostra como o professor trabalha em sala de aula com o educando portador de TDAH, como foi feito o diagnóstico do aluno e, suas dificuldades e potenciais. Ainda, mostra o que é necessário para uma escola ser de fato inclusiva.
Palavras-chave: Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Escola. Educador.
O indivíduo com Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem como características a inquietação, impaciência, atividade motora excessiva, também, conversa de modo excessivo, e é agitado. De 3 a 6% das crianças com idade escolar sofrem com esse transtorno.
O (TDAH) possui três sintomas que são mais caraterísticos: hiperatividade, impulsividade e desatenção.
O TDAH vem sendo considerado pelos educadores como um fator preocupante, principalmente na fase escolar. Num período onde a criança inicia seu contato com a leitura e escrita, é necessário que mantenha sua atenção e concentração sustentados, a fim de que os objetivos pedagógicos propostos possam ser alcançados. Na idade escolar, crianças com TDAH apresentam maior probabilidade de repetência, evasão, baixo rendimento acadêmico e dificuldade emocionais e de relacionamento social, e pessoas que apresentam sintomas de TDHA na infância têm uma maior probabilidade de desenvolver problemas relacionados com comportamento.
Rev.Psicopedagia. vol.27 no.84 São Paulo 2010
Em conversa com a mãe de um aluno portador de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) identificou-se que o mesmo desde bem pequeno era muito agitado e impaciente o choro era constante. Segundo a mãe “Não ficava quieto nem um minuto”, porém como era seu primeiro filho pensava ser normal as “birras”.
Para fazer o diagnóstico é preciso cautela, pois são diversos estudos que visam explicar como é o TDAH. Jones (2004, p.7) cita:
Embora bastante comum, o termo “hiperatividade” é muito mal-empregado. As pesquisas mostram que, pelo menos uma parte do tempo, 30 por cento dos pais descrevem seu filho como” hiperativo”. Cerca de um entre dez pais diriam que seu filho teve um sério problema de hiperatividade. Pesquisadores norte-americanos estimaram que de 5 a 8 por cento das crianças têm esse problema, enquanto os especialistas britânicos acreditam que o número de crianças com verdadeira hiperatividade seja tão pouco quanto uma em cem, ou até mesmo uma em duzentas. (JONES, 2004, p.7)
A criança foi diagnosticada com TDAH quando começou a frequentar a escola pois o aprendizado não acontecia, com a orientação da escola a mãe levou o filho para consulta com neurologista e depois de vários exames veio o diagnóstico. O aluno toma o medicamento ‘Ritalina” e faz acompanhamento com psicóloga.
Hoje, a criança frequenta o 4º ano do Ensino Fundamental, segundo a professora o aluno tem dificuldades, porém tem muitos potenciais. As dificuldades do aluno são a falta de concentração por muito tempo em uma mesma atividade e a inquietação, onde a professora citou que o aluno está geralmente andando pela sala. Quanto aos seu potenciais a regente falou que quando se trata de um tema que o aluno gosta muito ele fica muito interessado, referindo se sobre carros que o mesmo conhece muitos modelos e peças de veículos, com isso a educadora relatou que para ele se concentrar em uma determinada atividade ela usa recursos relacionados a carros por exemplo ou outro tema do interesse do educando. .
A professora trabalha de modo que visa atender a especificidade do educando como: colocar o mesmo sentado nas primeiras fileiras, faz atividades partindo de algo que ele gosta e, algumas vezes utiliza recursos audiovisuais além de fazer trabalhos com pesquisa. Ainda, para que o aluno não se distraia tão facilmente a professora citou que não coloca muitas informações nas paredes da sala como por exemplo: os cartazes são poucos e não tão coloridos, também, nas atividades em grupo coloca o aluno com aqueles que o mesmo tem mais afinidade.
O professor deve se colocar no lugar do educando, tentando entender a situação que o mesmo vivencia, conversando e ouvindo tendo a sensibilidade de perceber que o aluno sozinho não consegue realizar algo. Leite e Tuleski (2011) destacam:
Ao ensinar qualquer conteúdo ao estudante, é importante que este saiba qual a relevância daquilo que está sendo ensinado. Ao reconhecer determinado conteúdo (atividade) como necessário à sua vida, o estudante atribuirá sentido à atividade que implica no estudo daquele conteúdo e, consequentemente, fixará sua atenção e seu comportamento voluntariamente naquilo que está sendo ensinado. (LEITE E TULESKI, 2011).
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